Entenda porque a obesidade não é uma fraqueza e está diretamente relacionada ao funcionamento do nosso organismo
Obesidade é uma doença crônica, inflamatória e multifatorial e é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal no indivíduo e para diagnosticarmos, o parâmetro mais comum é o índice de massa corporal (IMC). A obesidade tem três classificações: A primeira é a obesidade grau 1 (IMC entre 30-34), ou obesidade grau 2 (IMC entre 35-39 e obesidade grau 3 (IMC acima ou igual a 40). A obesidade representa um risco para a saúde as crianças e dos adultos. O tratamento orientado pelo especialista evita uma série de complicações, como as cardiovasculares e as ortopédicas. As sensações que envolvem o indivíduo obeso mesclam entre prazeres ou desprazeres, felicidade ou infelicidade, ansiedade, apetite, saciedade, fome, todos esses fatores determinam o comportamento alimentar do indivíduo. Essas sensações são susceptíveis de diversos fatores que incluem hábitos, fatores socioeconômicos e culturais, ritmo circadiano e da interação de sinais fisiológicos, regulamentando a sensação apetite-saciedade, descritos abaixo: Leptina: é um hormônio derivado dos adipócitos, células de gordura, que interagem com receptores hipotalâmicos e promovem a saciedade, porém os obesos apesar de terem uma maior concentração de leptina apresentam uma resistência à ação desse hormônio. Grelina e Orexina: sintetizados pelo intestino e também atuando no hipotálamo, o grande responsável pelo comportamento alimentar, pois estimula o apetite. Colecistocinina e Oximodulina: também sintetizados pelo intestino, inibindo a ingestão alimentar e promovendo a saciedade após a alimentação. Também existem Neuropeptídeos, ou seja, peptídeos produzidos pelo hipotálamo que se dividem em dois grandes grupos: 1. Orexígenos: são aqueles que estimulam a ingestão alimentar, NPY e AgRP e que apresentam ação no controle do apetite e dos depósitos energéticos. 2. Anorexígenos: são aqueles que inibem a ingestão alimentar, MSM e CART, entre outros. O emagrecimento vai além do que o simples conhecimento permite, pois existe uma série de fatores intestinais, neuronais e endócrinos que atuam e interagem entre si, regulando o apetite e a saciedade, demonstrando, em consequência, que o comportamento alimentar não sugere fraqueza ou fracasso, mas, sim, uma doença de tratamento especial e delicado que poderá ser eficaz se for tratada a tempo e permanentemente. Nota do Editor: Destaque pelas renomadas clínicas em São Paulo e Campo Grande, é também conhecida como a médica das personalidades. Dra. Tatiana A. G. Cunha (www.tatianacunha.com.br) é médica, formada em Modulação Hormonal e Fisiologia do Envelhecimento, especializada em Nutrologia Clássica e Computadorizada, Nutrologia Médica Esportiva e pós-graduada em endocrinologia e Terapêutica da Obesidade.
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