A cada início de semestre letivo, começo minhas aulas de Economia tratando sobre escassez, explicando que esta palavra está diretamente relacionada à falta de recursos, ou seja, recursos limitados contrapondo-se a necessidades humanas ilimitadas. Tento explicar que a questão central do estudo da Economia é como alocar recursos produtivos limitados para satisfazer todas as necessidades da população. E todo semestre repete-se a mesma pergunta: “Professor, então não haverá emprego para todo mundo?”. Eu aproveito para responder estrategicamente: “Depende!”. É claro que surge uma grande discussão a qual aproveito para explicar que estar bem empregado não significa ter uma boa empregabilidade. Empregabilidade = conhecimento atualizado + competências + rede sustentada de relações. E assim, começo a explicar que os desafios do mundo corporativo moderno sofrem frequentes mudanças e adaptações, sentenciando que a formação de um profissional não se encerra na conclusão da graduação. A universidade, dizem os especialistas, aponta caminhos, fornece conceitos e ideias, mas a bagagem deve ser arrumada por quem pretende trilhá-los. Em outras palavras, esses caminhos atendem pelo nome de Pós-Graduação. Assim como as empresas buscam aprimorar seus conhecimentos para continuarem competitivas, é fundamental que os profissionais façam o mesmo. É consenso entre os consultores de RH que o planejamento é a primeira atitude que o profissional deve tomar em relação à carreira. Se planejamento e foco são elementos importantes para uma carreira de sucesso, os profissionais não podem esquecer-se de itens como a troca de experiências com outras pessoas e a realização de cursos de extensão, pós-graduação e idiomas. É claro que não podemos esquecer questões como equilíbrio emocional, gestão de equipe, visão estratégica e postura. As empresas contratam pelo conhecimento e demitem pelo comportamento. Se as empresas mudam, é natural que o profissional se atualize, quase que automaticamente. A adaptação cultural do funcionário à empresa é fator crucial para o sucesso ou o fracasso. Segundo o professor Luis Carlos Cabrera, uma grave falha na formação dos profissionais brasileiros é a falta de cultura. Por quê? Porque é o nível cultural que melhora a capacidade de diagnósticos, de entender rapidamente contextos complexos e de fazer julgamentos. Adquirir formação e cultura é um grande diferencial competitivo. Fica aqui a dica de quatro padrões de comportamento para quem tem alta capacidade de aprender, segundo a Revista Você S/A: 1. Facilidade para relacionamento. 2. Rapidez em obter resultados. 3. Agilidade mental. 4. Aptidão para mudanças. Cabe a você tomar a decisão de planejar sua carreira, seu sucesso, e, independente da escassez, estar sempre preparado para um mundo de oportunidades que surge a cada novo dia. Você é o gestor e o diretor da sua vida profissional! Nota do Editor: Marco Antonio Cordeiro é professor de Economia e coordenador de Pós-Graduação da Anhanguera UNIBAN Maria Cândida.
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