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Opinião
24/09/2012 - 11h07
Branding Elvis
Daylton Almeida
 

Após 35 anos da sua morte, Elvis Presley, o lendário Rei do Rock e ícone cultural americano, se consagra como um fenômeno mercadológico e também como uma marca de sucesso muito rentável.

A soma das vendas de seus produtos e licenciamentos renderam no ano passado 55 milhões de dólares segundo o fúnebre ranking da Forbes “The Top-Earning Dead Celebrities”. Por curiosidade, Elvis vinha liderando esse ranking desde o seu lançamento em 2000, caindo para segundo lugar logo após as mortes de Kurt Cobain e Michael Jackson, hoje o primeiro colocado da lista.

O que mais impressiona é que no ano de 2000, a marca Elvis lucrou 20 milhões a menos do que hoje. Muitas dessas cifras devem-se às iniciativas de marketing da Core Media Group, empresa que em 2005 comprou 85% dos direitos sobre o nome e imagem, determinadas músicas e outras propriedades intelectuais criadas por ou relacionadas a Elvis Presley, além das operações de Graceland, a famosa mansão e museu do cantor em Memphis, no Tennessee.

O foco da Core Media Group, que também é dona do programa American Idol, tem sido trabalhar Elvis Presley como uma atração contemporânea. Um dos resultados desse trabalho é o espetáculo “Viva Elvis”, em parceria com o Cirque du Soleil, que pode ser assistido no Aria Hotel em Las Vegas, cidade que presenciou a volta do rei aos palcos no final dos anos 60.

As iniciativas de tornar a marca ainda mais valiosa financeira e emocionalmente não param por aí. Elvis tem aparecido nas trilhas musicais de comerciais como o do recente da ENEL Energy Services (maior companhia de energia da Itália), em modelos comemorativos das guitarras Fender, nas camisetas Dolce & Gabbana e em anúncios e exposições de itens na rede de restaurantes Hard Rock Café. Para quem não se lembra, no ano passado ele foi o garoto-propaganda do Dia dos Namorados da C&A em uma montagem realista e impecável que mostrava Elvis contracenando com modelos brasileiras.

Por falar em Brasil, nosso país foi escolhido para receber duas grandes atrações do universo Presley nesse semestre: em setembro, a exposição “The Elvis Experience”, a primeira e maior mostra de itens pessoais do cantor fora dos Estados Unidos e, em outubro, a apresentação “Elvis in Concert”, onde os fãs poderão assistir as performances mais emblemáticas do rei projetadas em telões de alta tecnologia, acompanhadas ao vivo por orquestra e membros da sua antiga banda da década de 70.

E quem diria que a marca teria algo a ver com crowdsourcing? O branding Elvis é capaz de acompanhar as novas linguagens, criando um diálogo permanente com as gerações. Recentemente, a campanha online “I Am An Elvis Fan”, envolveu o público para escolher suas músicas favoritas, que iriam integrar a primeira coletânea do cantor co-criada por seus fãs. Além de votar em 3 músicas em uma categoria de 7 gêneros (anos 50, anos 60, country, trilhas, românticas, gospel e ao vivo), a pessoa podia enviar sua foto para compor um mosaico da imagem de Elvis para ser estampado na capa do álbum e em um pôster comemorativo. A campanha obteve mais de 250 mil votos e gerou aproximadamente 8 mil uploads de fotos no site.

Em cada um desses pontos de contato, vemos o resultado de uma personalidade de marca bem construída, que gera experiências absolutamente inspiradoras e memoráveis, sem perder sua relevância ao longo de décadas.

Como se não bastasse ser um sucesso no mundo real, hoje a marca Elvis tem mais de 70 mil downloads de aplicativos oficiais, 6 milhões e 500 mil fãs no Facebook, mais de 5 milhões de visitantes únicos por ano no site oficial elvis.com, além de atividade significativa no Twitter, YouTube e demais redes sociais. E para quem ainda duvida, definitivamente, essa é a prova em números de que Elvis não morreu.


Nota do Editor: Daylton Almeida é diretor de Planejamento da agência DIA Comunicação.

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