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Opinião
10/02/2005 - 17h47
Um buraco com a coisa pública
L C S Penna
 

Aqui, ou melhor, ali na Estufa fizeram um buraco. É assim que é chamado. Não sei se já tem alguma alcunha. Buraco do prefeito?

O buraco atrapalhou o trânsito na BR-101 por um bom tempo. Deveria servir a ideais altos, nobres e lúcidos como é crível acontecer em se tratando da chamada coisa pública. Deveria passar boi, passar boiada, êpa! Sorry! Passar pequenos carros de passeio, transeuntes, bicicletas, cachorros. Na verdade virou um buraco vazio. Poucos por ele passam. Nem boi, nem boiada, muito menos carros. Alguns transeuntes, quiçá.

Quando tiveram a idéia de fazer o tal buraco alguém fez algum estudo preliminar para saber se ali era o melhor lugar? Da necessidade de tal buraco? Qual extensão, altura, largura, a quem atenderia, quem se beneficiaria? Não, não estou falando dos 10%, 20% comuns em qualquer empreitada, em qualquer serviço público no país, em que poucos, muitíssimo poucos, participam. Longe de mim! Falo de estudos técnicos, seus custos e impacto socioeconômico (precisa?) para que se faça qualquer obra. Em se tratando da rex publica deveria ser condite sine qua.

Vou dar um exemplo: um prefeito mais astuto resolve fazer uma escola perto de sua casa. Sua mulher é professora, seus filhos estudam e isso facilitaria a vida deles. Não só a deles, pensa o prefeito astuto, também dos moradores locais. "Tenho que pensar no povo".

O secretário da educação é sondado sobre a viabilidade de tal mister. O astuto secretário ao saber do local escolhido pelo ladino prefeito dá um sorriso maroto e diz que precisará fazer um estudo técnico a respeito.

Os setores responsáveis por tal estudo fazem levantamento detalhado e chegam à conclusão que a região que seria beneficiada com tal escola não necessita dela. Já há escolas suficientes para tal região.

O secretário faz saber ao prefeito que nada feito. A escola é necessária sim, mas em outro local. Por conta do espírito público o dinheiro não é gasto em vão e outro local será beneficiado, graças ao astuto secretário.

Isto seria zelar pelo bem público. Isso é o que deveria acontecer. Mas os procedimentos, mormente em nosso país, vocês sabem, são outros. Não aqui, of course. Longe de mim!


Nota do Editor: Luiz Carlos dos Santos é ubatubano e professor.

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