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Opinião
06/10/2012 - 07h36
A eletricidade, o apagão e o desenvolvimento
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Há pelo menos duas décadas, o país convive com a iminente falta de eletricidade. Tanto que, entre os anos 80 e 90, os técnicos do setor consideraram positiva a crise que retardou o crescimento nacional pois, temiam não ter com que abastecer os empreendimentos que surgissem. Mesmo assim, o país viveu inúmeros blecautes, que aqui passaram a ser chamados apagões. No seu segundo mandato, o presidente FHC chegou a lançar um plano de racionamento para economizar 20% no consumo, porque não havia água suficiente nos reservatórios das hidrelétricas. Só foi salvo pela chuva abundante de dezembro de 2001, que recompôs o quadro energético.

Durante esses anos todos, os governos têm enfrentado grandes dificuldades para o licenciamento ambiental de novas usinas e, mesmo quando licenciadas, suas obras são frequentemente retardadas por radicais que agem impunemente impedindo o trabalho de implantação. Apesar das campanhas de conservação de energia e da substituição de lâmpadas e equipamentos (até eletrodomésticos) por similares com menor consumo, a carência é preocupante. Até o vizinho Paraguai sabe disso e chantageia o Brasil no preço da eletricidade de Itaipu, a exemplo do que já fez a Bolívia em relação ao gás natural, que substitui a eletricidade nas plantas industriais e pode até servir para gerá-la em usinas térmicas.

O governo canta em prosa e verso o desenvolvimento da economia, e os conhecedores da limitação energética vivem preocupados. Nos últimos dias, ocorreram os apagões decorrentes de problemas no Maranhão e em Itaipu, no Paraná. Nesta quinta-feira, foi a vez de Brasília enfrentar a queda do fornecimento que, ironicamente, atingiu até a sede do Ministério das Minas e Energia. E os operadores do setor fazem pronunciamentos otimistas, atribuindo tudo a meras questões operacionais.

Os envolvidos na questão energética brasileira precisam se precaver com o futuro. Mesmo sem os entraves ambientais que hoje se coloca sobre qualquer projeto energético no Brasil, leva anos para se construir e colocar uma usina em funcionamento. O crescimento, pelo que afirma o próprio governo, é permanente e será incentivado. Por isso é necessário ter produção, transmissão e consumo de eletricidade sob absoluto controle. A eletricidade pode vir tanto das águas como da queima de petróleo, vegetais e outros combustíveis em usinas térmicas e de geração eólica. Há, ainda, a discutível opção nuclear.

A própria presidente Dilma Rousseff, que já atuou na área, deve estar preocupada e, por isso, tem de prover e exigir providências que mantenham o setor em equilíbrio, com a necessária margem de segurança entre produção e consumo. De nada adiantará esforços para ampliar a atividade econômica sem a garantia do suprimento de energia para o funcionamento dos novos negócios...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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