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Crônicas
30/10/2012 - 09h00
Vivendo e aprendendo
Adilson Luiz Gonçalves
 

Joe 90 era um antigo filme de animação, cujo protagonista, um menino, entrava num globo giratório para adquirir, temporariamente, o conhecimento de outras pessoas.

Na mesma época, o Dr. McCoy, num episódio de Jornada nas Estrelas, entrou num aparato alienígena e aprendeu instantaneamente a fazer uma antes impensável cirurgia no intrincado cérebro do Sr. Spock. O problema é que, depois de algum tempo, ele também foi perdendo esse conhecimento e quase "deu zebra", na operação.

Em Johnny Mnemonic (1995), Keannu Reeves é um "pen drive" humano, que recebe informações secretas no cérebro, às quais ele não tinha acesso, que devem ser transferidas em curto prazo, senão ele entraria em colapso mental.

Curiosamente, o mesmo Reeve, na trilogia Matrix, recebeu muito mais informações sem endoidar, só que, desta vez, as retinha. No entanto, poderia morrer, em "sonho".

Que fantástico seria se a gente pudesse aprender o que quisesse, apenas transferindo informações para o cérebro!

Quer aprender mandarim? Pluga! Quer tocar guitarra como Jimmy Page, ou violoncelo, como Yo-Yo Ma? Conecta! Quer pilotar como o Senna? "Espeta" na USB!

Capturar conhecimento dessa forma é tentador, não?

Ninguém mais precisaria de cola ou de ir à escola! Bastaria ir ao supermercado de banco de dados. "Oferta do dia: Leve Física Quântica e ganhe, grátis, realidade virtual com Paz Vega!". Mas, onde ficam: a criatividade, a inovação, o mérito, a inteligência e a sabedoria nessa história?

Se considerarmos que muita gente tem potencial, independentemente de poder aquisitivo, talvez a apreensão rápida de informações permitisse a cura de doenças e imperfeições genéticas; acabar com a fome e as guerras; levar o ser humano ao universo, evitando a superpopulação da Terra... Mas, não é assim que as coisas funcionam. Pelo menos, não ainda.

A aprendizagem é um processo infinito! E que deve levar à autonomia de pensamento, permeada pelo bom senso. Não falo, portanto, de doutrinação ou adestramento.

Adoro aprender! Passaria o dia todo aprendendo! Porém, viver é preciso, pois, mesmo que a gente aprendesse ao estilo Matrix ou Joe 90, pagar contas ainda exigiria trabalho remunerado, na sociedade atual.

Aprender continuamente é um processo de libertação!

O que enlouquece ou ofusca o brilho das pessoas é a restrição ou o direcionamento do pensar, para confiná-las em rebanhos de interesse.

Ainda não descobriram a real capacidade de armazenar e processar informações do cérebro humano. Isso é fácil, com máquinas, e até já tentaram transformar pessoas em máquinas, para limitar e controlar suas ações e reações.

Querer acreditar que sabe muito ou, até, tudo; ou que aprender não é necessário, só serve para arrogantes, acomodados e aproveitadores de todas as raças, credos e ideologias!

Aprender é acreditar na vida! É respeitar o que a humanidade já produziu! É acreditar no futuro!

E é preciso aprender até o último suspiro, já curioso com o que virá depois...


Nota do Editor: Adilson Luiz Gonçalves, membro da Academia Santista de Letras, é mestre em educação, escritor, engenheiro, professor universitário e compositor. E-mail: prof_adilson_luiz@yahoo.com.br.

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