Tudo começou lá na década de 90 quando foi eleito paralamentar pela primeira vez na pequena cidade de Chicago do Atlântico Sul. Como todo calouro Alcapone começou tímido, “comendo pelas beiradas”. Depois, veterano, se sentiu em casa, era o tal. Mandava e desmandava, não só na arca da Hans Staden, mas também, na casa da Dona Maria Alves, que por sinal, mais estava para casa da mãe Joana. Através das indicações de Alcapone serviçais públicos eram contratados a toque de caixa. Leis eram feitas em prol de uma minoria e para um determinado setor, o da construção civil vertical. Percebendo que sua popularidade estava em baixa, Alcapone decidiu aceitar Jesus e lá disse que se reeleito ajudaria na construção de uma nova igreja. Reeleito, ajudou na construção do novo templo, que por sinal, encontrava-se em APP. Ah, mas pra Deus pode! Não é pecado. Desmatem e construam às margens do rio...!! Passados alguns anos e percebendo que alguns de seus agregados estavam ociosos e desesperançados, Alcapone decidiu arrumar-lhes emprego lá na arca, mas tudo conforme a lei, por meio de concurso transparente, assim como café com leite. Os agregados de Alcapone estudaram e oraram muito. E não é que eles foram agraciados? Todos foram aprovados no certame. Parece milagre, mas é verdade. Oh, glória! Deus existe e ajuda a quem cedo madruga...!! E não é que eles têm razão? Certo dia, Deus que há muito estava cansado com as traquinagens de Alcapone convocou reunião com os “homens de preto” e decidiram fazer justiça. Após algumas horas deram o veredicto: “Alcapone, os seus dias de traquinagem terminam em 31.12.2012. O senhor só voltará para a arca da Hans Staden se provar que se redimiu. No entanto, terá que aguardar até 2021. Antes disso, sem chance. Você poderá recorrer da nossa decisão, mas isso, não o trará de volta e atrasará o seu retorno”. A decisão deixou em êxtase a população de Chicago do Atlântico Sul, pois se tratava de um dia histórico. Não se falava em oura coisa. As pessoas estavam felizes e diziam: “é verdade, Deus existe”. Uma curiosidade: assim como o Alcapone norte-americano, o caiçara foi condenado da mesma forma, ou seja, pelo menor de seus pecados. Aviso: esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com fatos da vida real é mera coincidência. Júlio César Leite e Prates juliopratesadv@terra.com.br [Clique aqui para acessar a listagem dos textos (já publicados) da série A ascensão e queda do Alcapone caiçara.]
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