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Opinião
01/11/2012 - 17h08
Democracia é melhor com a cidade limpa
Tadayuki Yoshimura
 

As eleições municipais de 2012 teve ínfimo número de incidentes. Isso evidencia que, a cada pleito, nossa jovem democracia está avançando. Seria melhor ainda sem a atitude pouco cívica da maioria dos cabos eleitorais e numerosos eleitores, que poluíram os dias maiores do civismo, no primeiro e no segundo turno, sujando as cidades com milhões de “santinhos”, bottons, cartazes e outros materiais de campanha largados nas ruas e praças, além de saquinhos de papel e plástico, restos de comida e resíduos de diversos tipos.

Com certeza, uma atitude contraditória aos discursos de muitos candidatos a prefeito e a vereador, que defendem o meio ambiente com ênfase e eloquência. De fato, em todo o Brasil, os partidos com propostas voltadas à melhoria do ambiente urbano, que promovem a qualidade da vida, saíram vitoriosos nas urnas. Segundo levantamento divulgado na segunda-feira pós-eleições, algumas legendas que seguem essa linha dobraram o número de vereadores eleitos. Em alguns casos, nomes conhecidos pela militância em prol da responsabilidade socioambiental obtiveram votações expressivas e figuraram na liderança dos votos em suas cidades.

O fato demonstra que o eleitor está cada vez mais preocupado com o bem-estar no meio em que vive, em especial nas grandes cidades, onde a disputa pelo espaço urbano é intensa e desigual. Infelizmente, contudo, a conduta prática de numerosas pessoas tirou a legitimidade do discurso, pois o contradisse. Lamentavelmente, como ocorreu na cidade de São Paulo, maior colégio eleitoral do País, o volume de resíduos nas ruas no primeiro turno foi superior ao de eleições anteriores. Isso demonstra um sério descompasso entre os anseios e o comportamento da própria população e cabos eleitorais, pelos quais, em última instância, candidatos e partidos são os responsáveis.

Com um imenso contingente de trabalhadores agentes ambientais e centenas de equipamentos, muitos deles com tecnologia de ponta, como as varredeiras mecânicas, o trabalho das empresas responsáveis pela limpeza urbana na capital paulista foi intenso. No entanto, o fato de muita gente sujar exigiu turnos extras ao planejado inicialmente. Para se ter uma ideia, o volume de resíduos retirados das ruas, somente na operação extraordinária montada no domingo de eleições, foi três vezes maior do que a média diária.

A grande maioria dos brasileiros já percebeu que o voto livre, consciente e soberano melhora o País, aprimorando e valorizando a democracia. Agora, é preciso consolidar-se a consciência de que, muito além do discurso e da ação do poder público, o conceito de Cidade Limpa começa com a atitude cidadã de não sujar, contribuindo para que o ambiente urbano seja um dos pressupostos da qualidade da vida!


Nota do Editor: Tadayuki Yoshimura, engenheiro, é presidente da ABLP (Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública).

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