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Opinião
14/11/2012 - 17h08
Por que o empresário vai ao divã?
Luiz Fernando Garcia
 

Nos dias atuais, o divã não é visto apenas como um lugar para loucos ou desequilibrados e, cada vez mais, “pessoas normais” e com os mais diversos objetivos estão se submetendo a terapias, seja em um setting terapêutico ou mesmo em grupos para troca de experiências. E com os empresários não é diferente! Há mais de 19 anos, trabalho diretamente com a gestão do comportamento desses profissionais e tenho percebido que o fato de ser procurado por eles está ligado a dificuldades surgidas em um tripé formado pelas relações afetivas, o nível de prosperidade e a saúde mental.

Quando passam a ter problemas nestas esferas, os donos de negócios se isolam, entram em um mundo mais recluso, e se sentem ameaçados e mal compreendidos. Isso faz com que o trabalho seja a principal “vida” dessas pessoas e torna os vínculos, quase que exclusivamente, administrativos, tanto em casa quanto no ambiente corporativo. As amizades vão se extinguindo, a quantidade de tarefas vai aumentando, a pressão se torna insustentável e, quando o desconforto é demais, eles acabam sentando no divã.

Esse processo de isolamento ao qual o empresário se submete não é percebido, ocorre no inconsciente. Quando está infeliz com as relações afetivas, o nível de prosperidade e a saúde mental, o empreendedor sente aumentar o conflito dele com ele mesmo e passa a buscar soluções externas, como, por exemplo, o álcool e o sexo fora do casamento. Paralelamente a isso, muitas vezes, ele passa por um autoboicote, começa a tomar iniciativas precipitadas e erra mais do que deveria, com compras fora de hora e, consequentemente, a complicação financeira.

Praticamente, todo empresário entra no mundo dos negócios em busca de um destaque profissional e pessoal, o que faz com que precise ser compreendido como alguém especial. Usando uma metáfora, eles apresentam o mesmo “mosaico” de comportamentos, com as mesmas características, divergindo apenas na intensidade de algumas características. Esses vícios empresariais devem ser cuidados, pois a solução muitas vezes está onde o empreendedor menos espera: nele mesmo.

Por conta disso, sempre digo a eles, “para melhorar sua empresa, melhore você”. Assim como todos nós, quando consegue compreender sua própria mente, o homem de negócios vai se desenvolver melhor e, consequentemente, impulsionar o desempenho de todos ao seu redor. Nesse contexto, o ambiente terapêutico se torna extremamente útil, pois, ao trocar feedbacks e revisitar seu passado, o empresário se reconstrói de dentro para fora. O resultado disso, quase sempre, é a adoção de novas atitudes com ele mesmo, com os colaboradores e com os negócios, em geral. E quem ganha com isso, certamente, é a empresa.


Nota do Editor: Luiz Fernando Garcia é especialista em psicodinâmica aplicada aos negócios e responsável pelo desenvolvimento de mais de 50 metodologias de treinamento destinadas à capacitação de empresários e profissionais de liderança. É coordenador do projeto de Educação Empreendedora no ensino médio, do MEC, e um dos quatro consultores certificados pela ONU para coordenar os seminários do Empretec/Sebrae. Autor de livros como o Inconsciente na Sua Vida Profissional e Empresários no Divã, pela Editora Gente. Para mais informações, acesse www.rendercapacitacao.com.br.

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