No dia 17 de novembro, acontece o Dia Mundial do Combate ao Câncer de Próstata. A estimativa, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), é que em 2012 serão diagnosticados cerca de 60 mil novos casos da doença.

Por conta desse cenário, a Sociedade Brasileira de Urologia, seccional São Paulo, está usando esse mês para motivar a inclusão de outras doenças na discussão dos males que podem afetar a saúde do homem. Chamado de “Novembro Verde”, a campanha culminará com a realização de uma caminhada no dia 25/11, com a distribuição de folhetos de orientação e prevenção a doenças típicas do gênero masculino.

Doenças do homem podem ser facilmente detectadas

“Tumores nos rins podem ser fatais em homens acima dos 70 anos e muitos deles não sabem que isso poderia ter sido detectado em um exame simples” comenta o urologista Rodolfo Borges dos Reis, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, seccional São Paulo. No Brasil, estima-se por ano, uma incidência de 7-10 casos da doença a cada 100 mil habitantes. São duas vezes mais frequentes nos homens e ocorrem principalmente dos 50 aos 70 anos de idade.

O especialista completa: ”O ultrassom é um exame que deve ser feito por homens quando necessário, assim como o exame de toque e o teste PSA. Esses testes poderiam apontar problemas com mais antecedência e impedir transtornos que podem ser fatais”.

Na vida adulta, o homem também se depara com complicações como a disfunção erétil - motivo de alerta aos homens na faixa dos 45 a 50 anos, mas que pode ser sintoma de um problema cardiovascular já complicado.

Cerca de 50% dos homens com idades entre 51-60 anos e 80% acima dos 80 anos vão conhecer a hiperplasia prostática, doença caracterizada pela multiplicação benigna das células da próstata. “Esse aumento da próstata espreme a bexiga e a uretra, ocasionando a dificuldade em urinar, além também do jato perder a potência e ficar mais fino. A ida ao banheiro também se torna frequente, já que a bexiga reduz sua capacidade de retenção de líquido”, indica o presidente da SBU seccional São Paulo e completa: “Sempre há esperança em colocarmos nas cabeças dos homens que eles têm que se cuidar, já que guardam tanto tempo para o carro, futebol e amigos”.