As recentes devastações causadas pela passagem do furacão Sandy expõem-nos a uma realidade que preferimos não encarar: a nossa fragilidade. Eventos assim provam a nossa vulnerabilidade e a insegurança da vida. É uma completa ilusão pensarmos que controlamos nosso destino ou que há algum lugar realmente seguro neste mundo. Fazemos planos e, muitas vezes, nós os adiamos porque pensamos que haverá tempo suficiente, mas a verdade é que, pode ser que não haja. Quando nos defrontamos com essas coisas e vemos vidas destruídas, pensamos nos planos que essas pessoas poderiam ter, nos projetos que acalentavam para o futuro.

Porém, ao mesmo tempo que nos deparamos com nossa fragilidade diante da fúria da natureza, vemos a intensa capacidade de adaptação do ser humano e como ele consegue se reerguer das tragédias que, se não destroem sua vida, mudam todas as suas perspectivas quanto ao futuro e o obrigam a encarar tudo de modo diferente do que encarava até então.

Sabemos que tragédias acontecem mas, tolamente, costumamos pensar que não nos atingirão. Ao sermos atingidos por elas, vemo-nos brutalmente obrigados a aprender a enxergar o lado brutal da existência e a reconstruir nossas vidas do zero, como se estivéssemos nascendo novamente.