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Opinião
16/02/2005 - 07h00
A ditadura da televisão
Mariana Czekalski
 

Sabemos que a televisão é o meio de comunicação mais abrangente e popular no Brasil. Mas não é por acaso que 97% da população com mais de 10 anos no país assiste à TV pelo menos uma vez por semana, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos - Marplan.

A baixa escolaridade e a conseqüente falta do hábito de leitura, além dos preços das publicações impressas, são alguns fatores que explicam a força da televisão tanto no Brasil quanto na América Latina.

Mas é incrível que mesmo com o elevado nível de sensacionalismo, apelação e de violência na telinha, o Ibope se mantém alto na maioria dos programas. Eles subestimam a capacidade intelectual e a paciência do telespectador, ignoram a dignidade humana quando disponibilizam no ar produtos repetitivos e vazios em conteúdo.

Exemplos como do Faustão (Rede Globo), há 15 anos no ar, do Gugu Liberato (SBT), que chegou a divulgar falsas entrevistas com supostos criminosos, Márcia Goldschmidt (Bandeirantes), simulando brigas e discussões familiares, e do Ratinho (SBT), o "rei da baixaria", são campeões em nivelar a programação a patamares tão baixos, como há tempo não se via.

O assunto foi abordado pela Revista Carta Capital, de 3 novembro de 2004, que divulgou uma matéria interessante sobre a problemática. Freqüentemente, as emissoras em nome da liberdade de expressão, relativamente recente no país, caracterizam a era da mídia às avessas, o extremo oposto, a ditadura da televisão. A maioria extrapola os limites e justifica seus próprios erros por se considerarem porta-vozes da democracia. Estamos cansados desta lavagem cerebral eletrônica de besteirol.

A onipotente televisão aberta precisa ser reciclada para respeitar o telespectador, que antes de ser um consumidor de produtos e ideologias, é um cidadão.

Parece que o velho dilema alegado pelas televisões de que a audiência sinaliza ao que o povo quer assistir está ultrapassado. Será que este mecanismo é realmente transparente? Será que não ocorre justamente o contrário, ou seja, são poucas opções nos canais abertos que oferecem uma programação de qualidade?

Não estamos levantando a bandeira do moralismo ou censura, mas ética e bom senso. Certamente a Ancinav é um retrocesso, mas chegamos a um ponto em que é preciso um órgão que fiscalize o que é veiculado e que selecione o horário dos mesmos. Isso para que as massas tenham acesso a programas como os da TV pública Cultura, Globo News e Canal Futura voltadas para a prestação de serviço, educação e entretenimento.


Nota do Editor: Mariana Czekalski é jornalista, articulista e escritora.

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