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Opinião
01/12/2012 - 13h10
Educação: avaliação e resultados
Letícia Bechara
 

O resultado da pesquisa divulgado na última terça-feira (27/11) pela Pearson Internacional, colocou o Brasil em 39º lugar entre 40 países pesquisados. De acordo com Mekler Nunes, diretor superintendente de Educação Básica da Pearson no País, o 39º lugar não é de todo ruim. "Estar nessa relação de países já é, por si só, um destaque", afirma. "É sinal de que já fizemos o dever de casa mais básico."

Fazer o básico. É exatamente isso que o governo vem fazendo nos últimos anos. Educação básica, com acesso para quase 96% da população brasileira no Ensino Fundamental de nove anos. Um avanço considerando as últimas décadas do sistema educacional do País.

Só que o básico não adianta mais. O crescimento econômico do Brasil proporcionou aumento nos níveis de emprego e a necessidade de qualificação de mão de obra. Isso não temos. As empresas buscam, mas muitas vagas ainda não são preenchidas por falta de qualificação.

O resultado do Enem 2011 (avaliação realizada ao final do Ensino Médio), mostra que os melhores resultados continuam sendo alcançados na rede particular, que atende apenas 12% das matrículas. E os colégios públicos que foram incluídos no ranking dos melhores são aqueles que possuem processos seletivos e carga horária diferenciada, como o caso das escolas técnicas. As ações do governo estão se direcionando, inclusive, para essa linha de formação mais técnica e abrindo outras oportunidades para os alunos. A ideia é que nem todos terão condições de cursar o ensino superior e precisam ter opções de formação já no Ensino Médio.

É exatamente para essa massa de alunos brasileiros, quase 80%, que as chances de aprender estão na escola pública, que pontuou em média 474,2 (de mil pontos possíveis) do Enem. Isso quer dizer que esses alunos não atingiram nem a metade do resultado esperado. Aprenderam metade do que deveriam ter aprendido. Resultado que fica evidenciado nessas avaliações globais.

Para o Brasil não basta mais atender o básico. A receita já está posta: melhorar a qualidade do ensino público passa por professores qualificados, carga horária diferenciada e currículo remodelado. Somente assim esses jovens terão chance de fazer escolhas. Eles precisam ter acesso ao conhecimento necessário, boa base nas disciplinas de linguagem e raciocínio e condições de potencializar o aprendizado com o uso mais intenso da tecnologia.

São essas as competências mais necessárias para que possam pensar em escolhas como a área de atuação, a faculdade, o emprego. Tendo uma boa base de formação não irão ficar apenas com as sobras... de empresas e vagas. Serão donos de suas próprias carreiras.

Testes sempre teremos, fazem parte do cotidiano, assim como o vestibular e outros processos seletivos, cada vez mais rigorosos. Os resultados de testes que avaliam o ensino como um todo, como esses (Enem e outros) servem como parâmetros para avaliar as condições e tomar as medidas necessárias. É isso que esperamos agora.


Nota do Editor: Leticia Bechara é mestre em Educação e coordenadora do Vestibular e Relacionamento da Trevisan Escola de Negócios.

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