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Muito tem se falado sobre o perigo do sal na alimentação dos brasileiros. O maior problema não está no momento do preparo da comida ou quando colocamos uma pitada de sal na salada, por exemplo, e sim o sal contido nos alimentos embutidos e enlatados, que estão cada vez mais presentes na alimentação diária. O consumo excessivo de sal contribui para o aumento do risco de desenvolvimento de doenças graves do coração. Dados da OMS, em 2001, apontam que essas enfermidades foram responsáveis por 60% do total das 56,5 milhões de mortes notificadas no mundo. No Brasil, o quadro não é menos grave. A Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílio (PNAD), realizada em 2008, apontou que 14% da população sofria de hipertensão. “Hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, retenção de líquidos, doenças renais e o consumo de sal em excesso aumenta em mais de 50% o risco de catarata”, é o que explica Rafaela Isis Reis Allevato, a nutricionista do Hospital San Paolo (www.hsanpaolo.com.br) - centro hospitalar de média complexidade localizado na zona norte de São Paulo. A principal mudança, segundo a nutricionista, deve começar com novos hábitos. “Idosos e pessoas com problemas cardiovasculares e renais devem, em especial, ter essa consciência, porque eles possuem o metabolismo mais lento”. Mas por onde começar? Rafaela dá algumas dicas: • Primeiramente não levar o saleiro, nem aqueles sachês para as refeições. • Comece a prestar atenção nos rótulos, leia todas aquelas informações que estão na parte de trás das embalagens. Se a quantidade de sódio desse alimento for maior que 400 mg para cada 100 g de alimento, esse alimento é considerado rico em sódio, portanto não deve ser consumido. • Evite o uso de alimentos industrializados como caldo de carne e glutamato de sódio para dar sabor aos alimentos. Substitua-os por ervas frescas ou desidratadas. • Por fim, uma dica muito importante é sempre ingerir muita água mineral, porque ela ajuda a filtrar esse mineral. Como medir a quantidade de sal? O recomendado pela Organização Mundial de Saúde é de 6 g/dia, sendo que o consumo no Brasil está entre 12 e 19 g/dia. Existe o site da Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição - CGAN que ajuda no cálculo, mas você pode usar de base uma tampa de caneta esferográfica, por exemplo.
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