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Opinião
07/01/2013 - 15h00
Decifrando a construção sustentável
Ciro Scopel
 

Cada vez mais, consolida-se mundo afora a ideia de que é preciso adequar a vida às premissas da sustentabilidade. Em outras palavras: estamos unidos pelo desafio de satisfazer as necessidades presentes e ao mesmo tempo assegurar as adequadas condições ambientais e sociais para as gerações futuras.

Quem atua no setor da Habitação sabe que o conceito de sustentabilidade pode e deve ser incorporado às atividades de loteamento e construção. Mas não existe um modelo, um protocolo, que defina com clareza o que torna uma construção mais sustentável do que outras.

Porém, existem tendências. É desejável, por exemplo, que se priorize o uso de terrenos degradados, “remediando-os” a fim de recuperar sua viabilidade. Muitas vezes, a imprensa reporta, em tom de denúncia, que este ou aquele empreendimento foi construído em uma área “contaminada”. Ora, se a mencionada área foi submetida ao processo de remediação, e houve sucesso na retirada dos resíduos contaminantes, isso é bom para o meio ambiente e para as pessoas.

Conciliar o empreendimento com a infraestrutura disponível é ambientalmente responsável e economicamente interessante. A existência de escolas, hospitais e bancos nas proximidades, bem como a oferta de transporte público, são fatores que poderão se traduzir em menor utilização de automóveis particulares por parte dos futuros usuários.

Também é preciso dar uma atenção toda especial à elaboração da planta do imóvel. Neste momento, arquiteto e engenheiro devem voltar o seu olhar para o entorno do empreendimento e tirar o máximo partido daquilo que a natureza oferece. É hora de pensar em como proteger a formação das ilhas de calor, de planejar as aberturas que permitirão melhor incidência dos raios solares - dispensando o uso da eletricidade para iluminar os cômodos durante o dia -, de aproveitar a topografia, de analisar alternativas para uso da água da chuva e de usar a vegetação para regular a temperatura do entorno.

Ao longo da obra, os materiais utilizados devem ser certificados e ter origem confiável. Recomenda-se utilizar insumos reciclados - e também recicláveis, pois estes poderão ser removidos em uma reforma futura, por exemplo, e é bom que não virem “lixo” puro e simples. Tudo o que for “inteligente” e “eficiente” ajuda a evitar desperdícios: lâmpadas, torneiras, válvulas...

Além disso, com a finalidade de reduzir as emissões de gases de efeito-estufa (GEEs), é preciso limitar ao mínimo a necessidade de deslocamentos: escolher matérias-primas produzidas localmente é uma opção simples e econômica. Bem diferente do que acontecia antigamente, quando eram erguidos palacetes com escadarias revestidas por mármore de Carrara, importado da Itália.

É indispensável ressaltar que um empreendimento sustentável atende à legislação em cada uma de suas etapas, e respeita todos os seres humanos nele envolvidos, desde os operários que dão forma aos sonhos (e merecem trabalhar com conforto e segurança) até os futuros usuários e a comunidade do entorno. Pois, ao final de tudo, a felicidade das pessoas é o que de fato importa.


Nota do Editor: Ciro Scopel é vice-presidente de Sustentabilidade do Secovi-SP e titular da Scopel Empreendimentos e Obras S/A.

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