19/08/2025  20h33
· Guia 2025     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Opinião
16/01/2013 - 17h00
Em busca de segurança jurídica
Caio Portugal
 

O setor de parcelamento do solo, que gera empregos, garante moradias e movimenta a economia, já cresceu bastante, mas poderia crescer muito mais. O processo de obtenção das licenças para a implantação de novos loteamentos no Brasil é muito demorado e envolve não apenas questões ambientais, mas também de saneamento, por exemplo.

No entanto, o principal entrave é o questionamento, por parte do setor público, de licenças já obtidas inicialmente. Geralmente, esse questionamento é feito quando o empreendimento já está em comercialização no mercado e, então, é preciso parar a implantação do produto. O único remédio do empreendedor para se defender é ir à Justiça. Mas, se for entrar nessa esfera, é possível imaginar o que isso significa para o consumidor e para o próprio empreendedor. Demora muito.

Normalmente, nas fases de licenciamento, são necessárias três licenças: a prévia, a de instalação e de operação, que demonstra que se cumpriram todas as obrigações ambientais. Mas a atual legislação dá um poder amplo, principalmente ao Ministério Público, para que haja intervenção em qualquer fase do licenciamento.

Então, há situações de empreendimentos que já tiveram suas licenças prévias e de instalação emitidas, e estão na iminência de receber a licença de operação. Então, o Ministério Público entra com algum tipo de ação civil pública contra o órgão licenciador e contra o próprio empreendedor, alegando que não houve cumprimento de qualquer prerrogativa na emissão das licenças iniciais.

A legislação tornou o processo complexo, pouco transparente e pouco seguro. O viés deveria ser de segurança jurídica, de transparência e de obrigações. Por exemplo: vamos supor que um empresário disponha de uma área e pretenda empreender. Ele precisa de uma diretriz ambiental, ou seja, o que pode e o que não pode ocupar. Isso vai acompanhar o projeto do começo ao fim.

Nosso trabalho na Aelo, no Secovi-SP e no SindusCon-SP, que formam o Comitê de Desenvolvimento Urbano, é buscar esse tipo de defesa. Quando a questão envolve qualquer obra de saneamento que precisa ser feita no loteamento, a situação se complica ainda mais. Não é incomum o empreendedor ter de fazer adutora, estação de tratamento de esgoto, fazer o que as concessionárias não fazem. Esse é um dos riscos que não deveriam existir.

Vamos esperar que, em 2013, o panorama melhore e fique mais claro, em benefício de toda a sociedade brasileira. É preciso haver segurança jurídica.


Nota do Editor: Caio Portugal é presidente da Aelo e vice-presidente de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do Secovi-SP.

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "OPINIÃO"Índice das publicações sobre "OPINIÃO"
31/12/2022 - 07h25 Pacificação nacional, o objetivo maior
30/12/2022 - 05h39 A destruição das nações
29/12/2022 - 06h35 A salvação pela mão grande do Estado?
28/12/2022 - 06h41 A guinada na privatização do Porto de Santos
27/12/2022 - 07h38 Tecnologia e o sequestro do livre arbítrio humano
26/12/2022 - 07h46 Tudo passa, mas a Nação continua, sempre...
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2025, UbaWeb. Direitos Reservados.