Ganhei uma toalhinha bonita em tons esverdeados, marrom e bege. Junto a ela veio um cartão explicando que o tecido era de algodão colorido. De início não entendi muito bem, que era colorido via-se perfeitamente. Lendo mais pude perceber a diferença. Ela foi feita com fibras de cor natural, isto é, não receberam tingimento químico. Eu nunca tinha ouvido falar nisso, o único ‘não branco’ meu conhecido é o cru. Então fui pesquisar e descobri que o algodão colorido é tão antigo quanto o branco, foi desenvolvido pelos incas e astecas e outros povos antigos da Ásia e África. Encontrado como planta silvestre no nordeste do Brasil, até algum tempo atrás era usado só artesanalmente. A partir de 1989 foi iniciado um trabalho de melhoramento genético da planta. Hoje é cultivado por agricultores do nordeste, principalmente da Paraíba, que não usam adubos e fertilizantes químicos, só naturais. Apresentando algumas tonalidades (bege, marrom, verde, rubi) o algodão colorido orgânico é usado em roupas e acessórios.

Pensando em tudo isso, lembrei do algodão doce que eu tanto gostava. Era branco e devia ser consumido na hora, senão murchava. Agora vem embalado em plástico, que o conserva, e apresenta-se colorido, o que deve atrair ainda mais a criançada. Em geral cor-de-rosa ou azul-clarinho... mas de pura anilina. Ainda não vi algodão doce marronzinho, feito de açúcar mascavo. Será que existe?