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Opinião
30/01/2013 - 17h00
Lembrar para jamais se repetir
Abraham Goldstein
 

Vinte e sete de janeiro foi o Dia Internacional de Recordação das Vítimas do Holocausto. A data, instituída em 2005 pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), marca a lembrança do extermínio de milhões de vítimas pelas mãos do regime nazista. Na mesma data, no ano de 1945, o exército soviético abria as portas do campo de Auschwitz-Birkenau, na Polônia, e findava o período de terror imposto ali pelo III Reich de Adolf Hitler.

Mais do que homenagear as vítimas dessa terrível passagem da história da humanidade, a data existe para lembrar o Holocausto, quando seis milhões de judeus, além de ciganos, homossexuais, religiosos e militantes políticos foram brutalmente assassinados nos campos nazistas de extermínio da Europa. E a data também existe para impedir que essa barbárie seja negada.

A data é recordada em mais de 100 países. No Brasil, o dia é marcado por diversas solenidades, acendimento de velas e relatos de sobreviventes do Holocausto que escolheram o Brasil como seu novo lar. Depoimentos fortes, que trazem para a sociedade a dor e o sofrimento de uma época que jamais poderá ser esquecida.

A desatenção e a falta de memória da sociedade criam um ambiente favorável para ascensão de novas organizações extremistas e xenófobas, bem como o surgimento de líderes de grupos portadores de ideologias racistas e totalitárias, que justificam a segregação racial, religiosa, nacional ou qualquer outro tipo de negação do Outro para conduzir uma nação. Para que esse alerta se torne permanente é fundamental a construção de uma inabalável cultura de paz.

Com esse duplo objetivo - registrar para jamais esquecer e educar para a paz, nasceu em São Paulo uma iniciativa conjunta entre a B’nai B’rith - Filhos da Aliança, em hebraico, principal entidade judaica dedicada aos Direitos Humanos -, e o Arqshoah - Arquivo Virtual sobre Holocausto - do Laboratório de Estudos sobre Etnicidade, Racismo e Discriminação do Departamento de História da Universidade de São Paulo (LEER/USP): o Instituto Shoah de Direitos Humanos (ISDH).

Localizado no bairro dos Jardins, zona Sul da capital, o ISDH abre suas portas com um acervo de 12 mil documentos entre papéis diplomáticos e fotografias, além de vídeos com testemunhos de sobreviventes do Holocausto e outros materiais audiovisuais. O instituto também manterá uma sistemática ação educativa. Estão previstas a realização de oficinas de literatura, teatro e música que, somadas às Jornadas Interdisciplinares em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, têm como objetivo ensinar nossos jovens a não esquecer. Com estratégias multidisciplinares, o ISDH tem o Holocausto como referência para reavaliar as práticas da violência e da intolerância nos dias atuais, em busca de soluções para a construção da cultura de paz e de um mundo melhor.

A preservação da memória histórica é interpretada como um sinal de alerta para a sociedade contra os extremismos e o negacionismo, ainda tão presente no mundo contemporâneo. O conhecimento e a educação são os pilares para se evitar a repetição de atrocidades vivenciadas no passado, como o Holocausto. São fundamentais para se alcançar a tão sonhada convivência pacífica entre diferentes pessoas e diferentes povos e o verdadeiro respeito aos Direitos Humanos.


Nota do Editor: Abraham Goldstein é presidente da B’nai B’rith no Brasil (www.bnai-brith.com.br).

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