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Opinião
07/02/2013 - 11h10
Pílula humana
Célio Pezza
 

Recentemente foi descoberta pela Coréia do Sul uma enorme quantidade de pílulas provenientes da China feitas de carne humana. Foi descoberto e comprovado que essas pílulas são de carne de bebês e fetos que, após serem picados, são desidratados e transformados em pó. Elas são vendidas como remédios para combater o envelhecimento e aumentar a virilidade. A análise mostrou acima de 99% de carne humana e uma grande quantidade de bactérias, inclusive algumas superbactérias comuns em alguns hospitais.

É uma notícia chocante e asquerosa, mas que nos faz relembrar os casos de canibalismo ao longo da História. Os índios canibais eram considerados animais, fora do comportamento humano, e, dentro deste contexto, colonizadores como Cristóvão Colombo, podiam matá-los à vontade, sob o olhar complacente de todas as autoridades, inclusive religiosas, que faziam parte de suas conquistas no Novo Mundo. Curioso é que, durante esta mesma época, a prática de usar restos de cadáveres era muito difundida na Europa e alguns reis, como os ingleses Charles I e Charles II, cientistas, médicos e uma grande parte da nobreza, faziam parte destes usuários, ou seja, o discurso era um e a prática era outra.

O conferencista inglês Dr. Richard Sugg, da Universidade de Durham, publicou em 2011, um livro sobre canibalismo chamado “A História da Medicina de Cadáveres da Renascença à Era Vitoriana”, onde mostra que o canibalismo é encontrado nas culturas de qualquer parte do mundo, em especial na Europa, apoiada por inúmeros médicos e pesquisadores da época. Era prática comum usarem pó de ossos humanos, a gordura e mesmo o sangue fresco, para combater males, tais como epilepsia, dores de cabeça e outros.

Dentro da mitologia de diversos países também encontraremos a presença de canibais terríveis, como os Wendigos, que habitavam o norte dos Estados Unidos e o Canadá, os Aswangs, das Filipinas, que tinham uma forma feminina e se alimentavam de crianças e fetos. Sem dúvida, os mais famosos foram os lobisomens, que se transformavam em lobos e atacavam os humanos em geral, e os vampiros, que mantinham a eterna juventude graças a uma alimentação de sangue humano.

Entre 1920 e 1924 temos o caso que ficou conhecido como o Vampiro de Hanover, onde o açougueiro Fritz Haarmann ficou famoso por fazer salsichas de carne humana. Foram encontradas mais de 30 ossadas de suas vítimas. No Brasil tivemos em 2012 o caso de três pessoas que faziam bolinhos e pastéis de carne humana em Garanhuns, no estado de Pernambuco.

Agora, em pleno ano de 2013, onde temos um alto índice de civilidade, tecnologia e produtos importados da China, vemos além das bugigangas costumeiras, pílulas de carne humana e consumidores ávidos pelos seus efeitos milagrosos. Quando a gente pensa que já viu de tudo, sempre aparece uma novidade. Algumas interessantes e outras decepcionantes.


Nota do Editor: Célio Pezza (www.celiopezza.com) é escritor e autor de diversos livros, entre eles: As Sete Portas, Ariane, A Palavra Perdida e seu mais recente, A Nova Terra - Recomeço.

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