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Opinião
23/02/2013 - 12h17
Obrigado, Papa Bento XVI!
Wagner Ferreira
 

19 de abril de 2005. Fumaça branca! Muitos acorrem à Praça de São Pedro, e voltam sua atenção à Basílica Vaticana, onde se anunciará a eleição do sucessor do Apóstolo S. Pedro. O cardeal protodiácono anuncia: “Habemus papam”, Joseph Card. Ratzinger. Dá-se início um pontificado de quase oito anos de Sua Santidade Bento XVI.

Além destes fatos conhecidos por muitos, existem na memória de várias pessoas acontecimentos marcados pela alegria do encontro com o Santo Padre. E é isso que eu gostaria de compartilhar: meus marcantes encontros com um homem consagrado a Deus, Joseph Ratzinger.

Minha primeira experiência ocorreu quando, durante o Grande Jubileu do ano 2000, tive a alegria de participar de uma conferência feita pelo cardeal Ratzinger, no congresso dos catequistas e professores de religião. As palavras do cardeal Ratzinger sobre o significado da Nova Evangelização marcaram profundamente os inícios de minha vida sacerdotal.

Outro momento foi quando me encontrei com o cardeal Ratzinger na Praça de S. Pedro. Ele se dirigia para seu escritório e eu o saudei: “Buona sera (boa tarde), Eminenza”. Após saudar-me, perguntou de onde eu era e o que fazia em Roma. Diálogo de poucos minutos, mas marcado pela simplicidade de quem está atento a cada pessoa que passa por seu caminho.

Já eleito bispo de Roma, o Papa Bento XVI me marcou com o seu testemunho no encerramento do Ano Sacerdotal, em junho de 2010. Éramos milhares de padres; ali estávamos em comunhão com o Santo Padre para confessar nosso amor à Igreja. As palavras do Papa Bento XVI, a adoração ao Santíssimo e a concelebração eucarística na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus – tudo isso regado pelo testemunho de S. João Maria Vianney, o Cura d’Ars –, inundaram meu coração de esperança, de alegria por ser padre. Em um momento tenso que a Igreja vivia, por causa dos escândalos de pedofilia de alguns de seus ministros, o Santo Padre soube nos confirmar na fé e em nossa entrega total à Igreja de Jesus.

O último encontro ocorreu no Palácio Apostólico no dia seguinte ao encerramento do Ano Sacerdotal. Havia um grupo de bispos do Brasil em visita “Ad limina apostolorum”, que compreendia, dentre as atividades, um encontro de cada bispo com o Papa. Ao entrar no escritório pontifício, saudei o Santo Padre e ele me perguntou o porquê de me chamar Wagner. Depois de algumas explicações, fui questionado pelo Santo Padre sobre a possibilidade de ter parentes alemães. Respondi que não. Ele, porém, insistiu: “Padre Wagner, investigue bem, pois certamente o senhor tem raízes alemãs”. Após este diálogo descontraído, mas rico de humanidade, ele me perguntou sobre minhas atividades como sacerdote, membro da Comunidade Canção Nova e professor de teologia.

Ao partilhar estas experiências, não o faço por me sentir privilegiado, mas para evidenciar o testemunho de um pastor que, em nome de Cristo, procurou doar-se como servidor da vinha do Senhor, nas grandes ocasiões da vida da Igreja, como também nas situações mais simples, mais corriqueiras, a ponto de dar a devida atenção às pessoas que dele se aproximavam. Assim manifesto em nome de todos aqueles que, como eu, puderam ter contato pessoal com o Papa Bento XVI, um cordial agradecimento a este Romano Pontífice cujo testemunho de fé em Cristo Jesus não só marcará a história da Igreja Católica, como também a história pessoal de muitas pessoas. Obrigado, Papa Bento XVI!


Nota do Editor: Padre Wagner Ferreira da Silva é formador geral da Comunidade Canção Nova, diretor e professor do Instituto de Teologia Bento XVI (Diocese de Lorena/SP) e professor da Faculdade Canção Nova em Cachoeira Paulista/SP. É autor dos livros “As novas comunidades no contexto sociocultural contemporâneo” e “A formação da consciência moral nas novas comunidades”, entre outros, pela Editora Canção Nova.

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