Anos de espera e a casa tão aguardada começa a mostrar ser uma realidade... nada de sonho... nada de virtual! Tudo real! Tudo acontecendo conforme o esperado, salvo alguns problemas comuns a toda obra. Dores de cabeça, inevitáveis com profissionais relapsos... Neste dia Juvenal e Maristela notam algo inusitado, acontecendo no muro da futura residência. Bolhas de cimento expandem... deixando saliências... Cutucam e percebem algo meio que preto com barriga amarela... Um ser vivo!? “Pise em cima, Juvenal é uma praga... um besouro, eu acho! Precisa matar para não proliferar!” “Nunca ouvi falar de besouros comendo concreto?” Tudo se espalha! Tudo se consome! O muro fica como queijo suíço. Inevitável um olhar triste sobre o fato. E, a busca pelo besourinho do muro... continua... Cutuca aqui... fura ali... aumenta a busca... Google não sabe a resposta... biólogos consultados... nunca ouviram falar do bichinho do concreto...! Maristela pergunta a um pedreiro que está pela primeira vez na obra. “Nunca vi nada igual a isto... Vou procurar saber!” Segunda-feira cheia... de mais buracos no muro. “Sei o que está acontecendo.” “Verdade, Seu Chico... O que é!?” “O muro foi feito com aparência de rústico... então, o pessoal não peneirou a areia... e, ela, ficou logo embaixo... daquela árvore... suas sementes caíram na areia... e, com a água do concreto, com a chuva que bate nas paredes, o sol... elas, estão germinando... Sem querer vocês vão ter uma floresta no muro de vocês...”
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