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Opinião
21/03/2013 - 17h00
Para coibir a discriminação racial
Abraham Goldstein
 

No dia 21 de março comemora-se o “Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial”. Instituída pela Organização das Nações Unidas, a data é um convite para uma reflexão mais aprofundada sobre como vivemos e o que temos feito para alcançar a coexistência harmoniosa na diversidade e a tão sonhada paz entre os homens, algo infelizmente ainda tão distante.

A data faz referência ao “Massacre de Shaperville”, ocorrido em 1960, em Johanesburgo, na África do Sul. Naquele dia, 20 mil pessoas protestavam contra a Lei do Passe, que obrigava a população negra a portar um cartão com indicação dos locais onde era permitida sua circulação. Embora pacífica, a manifestação foi duramente reprimida pela polícia do regime de minoria branca (apartheid), que abriu fogo sobre a multidão desarmada, provocando a morte de 69 pessoas e mais de 180 feridos.

Passados 53 anos dessa tragédia, o apartheid foi abolido, mas a discriminação racial ainda continua presente e fazendo vítimas nos quatro cantos do mundo, seja na sociedade, no trabalho, na política e até no esporte.

Nem o Brasil, tido como “democracia racial”, está livre desse mal. Por ser um país de origens culturais e religiosas as mais diversas, é possível afirmar que temos menos propensão à intolerância, mas o racismo ainda se faz presente no cotidiano. Não se pode dizer que atingimos o ideal democrático de coexistência racial.

Não há como dissociar a igualdade racial das questões como formação escolar, por exemplo. Sem entrar no mérito da sua adequação, a lei que criou cotas para afrodescendentes nas universidades públicas federais é mais um indício da desigualdade social e racial existente no país, que atinge principalmente os negros.

A erradicação da discriminação racial em nossa sociedade acontecerá plenamente apenas com a ação de educação permanente dos cidadãos por meio da difusão de uma cultura de paz que promova o respeito à alteridade e às diferenças – sejam elas étnicas, culturais ou religiosas – e a igualdade de oportunidades.

Em apoio a esta ação, a B’nai B’rith – entidade de defesa dos direitos humanos que atua desde 1843 e cujo significado, em hebraico, é Filhos da Aliança –, em parceria com o Laboratório de Estudos da Etnicidade, Racismo e discriminação da Universidade de São Paulo, inaugurou o Instituto Shoah de Direitos Humanos, voltado à pesquisa, promoção e educação destes importantes valores sociais que podem mudar o comportamento de todos para um mundo melhor.

Nos unimos aos esforços de todos aqueles que acreditam que a discriminação racial e a intolerância devam ser combatidas com a firme defesa dos direitos humanos e a difusão dos valores democráticos.


Nota do Editor: Abraham Goldstein é presidente da B’nai B’rith no Brasil (www.bnai-brith.com.br), entidade judaica dedicada à defesa dos Direitos Humanos.

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