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Opinião
25/03/2013 - 12h00
Morosidade e uso político desgastam a Petrobras
Reginaldo Gonçalves
 

O sinal de descapitalização da Petrobras, assim como sua desvalorização na BM&F Bovespa, vem sendo acompanhado de perto pelos diversos investidores da empresa, principalmente os de grande porte. Essa situação comprometeu o caixa da estatal e as perspectivas de novos investimentos, que atravancam seu crescimento.

A sua desvalorização no mercado traz desconfiança sobre o seu potencial. O aumento do endividamento está levando as agências de avaliação a sinalizarem a redução de sua nota, o que criaria mais uma dificuldade para a busca de fontes de recursos com juros menores. Quanto maior o risco, mais caro fica o capital.

A Petrobras, através do governo federal, seu maior acionista, vem alinhavando parcerias com a estatal chinesa Sinopec para agilizar as obras de refinarias no Maranhão e no Ceará, que tem previsão de conclusão para 2018 e que inicialmente deve produzir diesel, e não gasolina.

Outras experiências estão sendo analisadas com parceiros da China e da Coréia do Sul para expandir novas refinarias e minimizar a dependência das importações de petróleo.

Segundo a empresa, a produção de petróleo aumentará dos atuais 2 milhões de barris/dia para 3 milhões em 2016, podendo atingir 4,2 milhões de barris/dia até 2020. Com isso, alega estar cumprindo seus objetivos e já sinaliza com melhoras a partir da exploração do pré-sal. Em sete anos, a Petrobras espera mais que dobrar o volume produzido, mesmo com redução de investimentos em sondas, equipamento essencial para agilizar a retirada e processamento do óleo.

O fato é que a empresa precisa tornar-se independente para que consiga tomar medidas mais eficazes em prol da manutenção do negócio e da busca pelo crescimento de forma responsável. O governo já vem demonstrando dificuldades na gestão de diversos setores e organizações. Temos acompanhado diversas áreas em que a parceria público-privada agiliza e melhora a gestão, mas isso não se aplica à Petrobras.

Uma gestão mais ágil evitaria desvios de interesses como o uso político para garantir metas do governo. E aqui lembro novamente, dada a sua gravidade, do não repasse do aumento do valor das importações para os combustíveis. Há ainda o escândalo envolvendo o ex-presidente da estatal com a compra da empresa Pasadena Refining System, onde a Petrobras investiu cerca de US$ 1,2 bilhões, para em seguida vendê-la por US$ 180 milhões ao grupo Valero. Não houve até o momento uma justificativa para tal prejuízo, que afetou o resultado e gerou desconfiança de que outras situações desse tipo podem ocorrer futuramente.

O governo precisa cumprir seu papel social em áreas como habitação, transporte, saúde, segurança e educação, e não ser proprietário de empresas. Além da morosidade para a tomada de decisões, as estatais sofrem, como disse, com o uso político para garantir ao governo as metas relacionadas ao PIB, superávit primário e ao controle inflacionário.


Nota do Editor: Reginaldo Gonçalves é coordenador do curso de Ciências Contáveis da Faculdade Santa Marcelina.

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