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Medicina e Saúde
13/04/2013 - 16h25
Você sabe a medida exata do sal?
 
 
OMS divulga que brasileiro consome o dobro de sódio indicado

Diferente dos países desenvolvidos onde a principal fonte de sódio são os alimentos industrializados, a maior fonte de sódio do brasileiro é o sal de cozinha. A população brasileira consome duas vezes e meia mais sal do que o limite orientado, segundo dados da Organização Mundial da Saúde.

A nutricionista do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Cintya Bassi esclarece as principais dúvidas sobre o sal. “O sódio é um mineral considerado essencial para o bom funcionamento do organismo, ligado a manutenção do equilíbrio de distribuição da água corporal, no equilíbrio osmótico e ácido-base e no transporte de moléculas”. A profissional afirma que o prejudicial ao organismo é o consumo excessivo de sal, pois o abuso do sódio proporciona o aumento da pressão arterial, doenças renais e cardiovasculares, além de interferir na absorção de micronutrientes como o cálcio.

É importante lembrar que o sal de adição (adicionado por cada pessoa nos alimentos) constitui apenas 25% do tempero consumido, e o brasileiro consome em média 11,75 g diariamente, valor bem acima da recomendação médica. “Alguns alimentos, especialmente os industrializados, possuem muito sódio e normalmente tem relação com esse consumo aumentado de sal, por isso devemos controlar esses alimentos na dieta”. Ela orienta que o importante é não cortá-lo totalmente da dieta e sim consumi-lo de forma consciente. “O sal não deve ser eliminado da dieta e sim consumido com parcimônia, isso porque sua ausência no organismo também acarreta problemas como hipotensão, confusão mental, náuseas, vômito e fraqueza”.

A pressão arterial é uma doença de alta prevalência e com grande associação ao excesso de sal na dieta, isso acontece porque quando ocorre o consumo de grandes quantidades de sódio ele é absorvido pelo intestino e vai para o sangue, a água do corpo é sugada para os vasos e o organismo na tentativa de manter o equilíbrio e normalizar o fluxo, aumenta a pressão sanguínea. Os vasos sanguíneos reagem e se contraem para reduzir o fluxo, porém o bombeamento continua intenso. “Consequente a este problema, podem surgir outros diversos, como infarto, AVC, insuficiência renal e arritmia cardíaca” esclarece a profissional.

Para indivíduos hipertensos, alguns cuidados são importantes para alcançar o controle, como diminuir a ingestão do sal de adição. A nutricionista orienta que os alimentos, sejam preparados sem o acréscimo do tempero e que ele seja adicionado após o prato pronto, é importante reduzir o consumo de sal para cerca de 4 g de sal (aproximadamente uma colher rasa de café) e em casos mais severos para 2 g de sal ao dia, “Além disso, também é necessário mudar hábitos alimentares, substituindo os temperos industrializados pelo natural como alho, cebola, limão etc., e evitar o consumo de alimentos como enlatados e conservas preferindo sua forma in natura, frios e embutidos, queijos amarelos, carnes defumadas, salgadinhos e pratos prontos”, orienta a nutricionista.

Existem alimentos que podem contribuir para a redução da hipertensão, o alho é um deles, pois uma substância chamada alicina, parece estar associada a melhor elasticidade dos vasos sanguíneos, melhorando a circulação, os bioflavonóides - encontrados na uva e na soja, possuem antioxidantes e auxilia o relaxamento dos vasos, alimentos fontes de fibras como aveia, pães e arroz integral, reduzem as taxas de colesterol e pressão arterial entre outros. Realizar um acompanhamento médico e nutricional é a melhor maneira de amenizar o sofrimento nessa fase e recuperar a saúde.

A OMS determina que o consumo de sal pelas crianças acima de dois anos, não deve ultrapassar 5 g ao dia, porém um estudo recente apontou que a hipertensão arterial do adulto, constantemente tem origem na infância e um dos condicionantes são os maus hábitos alimentares empregados cada vez com maior rapidez e intensidade. “Quanto mais exposta ao sal, maior será a predileção da criança por alimentos salgados durante a vida, por isso é fundamental a formação de bons hábitos. Crianças costumam gostar de alimentos prontos, mas para se ter uma ideia uma porção de macarrão instantâneo sem acréscimo de tempero possui em média 2 g de sódio, 100 g de frango empanado pronto 0,5 g e uma unidade de hambúrguer 700 mg”, orienta a nutricionista do Hospital e Maternidade São Cristóvão. Para estimular a mudança de hábitos, ainda em 2013 entra em vigor uma determinação do Ministério da Saúde, que determina a redução de sódio nos alimentos processados no Brasil.

Para quem busca mudar sua alimentação e diminuir o consumo de sal é importante ressaltar que as papilas gustativas se adaptam facilmente aos alimentos salgados, por isso acostumar-se com uma dieta com teor reduzido de sal, pode demorar até três meses. “Os alimentos de origem animal também são fontes de sódio, porém em menor quantidade, é o caso dos queijos, leite e carnes e os alimentos de origem vegetal apresentam baixa quantidade de sódio, sendo praticamente inexistente nas frutas e escasso em cereais e leguminosas”, finaliza a profissional do São Cristóvão.

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