A necessidade do resgate prometido é urgente. As mazelas administrativas são graves e é urgente tomar providências para as corrigir antes que seja tarde demais e o município continue na crise de paralisação em que se encontra. Afinal de contas promessa é dívida. Nos meus humildes e retilíneos escritos sempre procurei o bem da cidade que escolhi para morar e trabalhar. Não só da cidade como também de todos seus habitantes. Defendi e pratiquei a legalidade, a organização do município e seu progresso até quando caluniado e insultado. Fico triste quando são praticados atos que complicam o presente e o futuro do município. Fatos que havendo honestidade de entender a pluralidade, universalidade, diversidade e complexidade de nosso município deveriam e poderiam ser evitadas sem prejuízos para ninguém. - Nessa linha de pensamento gostaria lembrar a nossos governantes que foram eleitos por, apenas, 25% (vinte e cinco por cento) dos eleitores e terão que governar para todos os ubatubenses e turistas. Deverão governar em dupla como prometeram em campanha. - Os cargos em comissão ou cargos de confiança poderão ser atribuídos a pessoas da confiança dos governantes, mas que estejam habilitados para o cargo e que pela qualidade de seus serviços, dedicação e honestidade mereçam também a confiança e o respeito de toda a comunidade. Evitar a nomeação de estelionatários e de pessoas que foram demitidas de outras administrações ou de outros municípios por terem praticado furtos e outras irregularidades é recomendável. - Os cargos em comissão possuem sua remuneração estabelecida em lei e aqueles que os ocupam devem se conformar com ela e, até agradecer o cargo recebido nesta época de desemprego. Gratificações e ou salários dobrados não cabem em cargos em comissão e se constituem em abusos de poder intoleráveis e que revoltam os funcionários estatutários. Esse procedimento quando praticado retira recursos de suas funções primordiais e coloca em risco o percentual de gastos permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, com folha de pagamento. - Gratificações só são possíveis legais e honestas quando o funcionário efetivo desenvolve habitualmente tarefas de outro cargo de maior responsabilidade e remuneração. - Constituição Federal - Artigo 19 "É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles e seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público". Para quem não acredita nos indícios de relações de dependência e aliança entre a administração municipal e uma certa entidade que, segundo o Aurélio, tem nome de banquete, almoço ou outra refeição de confraternização por motivos políticos, sociais, comerciais etc., sugerimos analisar os titulares de dezenas de portarias, as nomeações de diretores e vice-diretores de escola, os contratados pelas Associações de Pais e Mestres e observar ações e comportamentos que estão sendo praticados na Prefeitura Municipal. - Sugerimos também e principalmente retomar o jornal "A Cidade" e as fitas da Rádio Costa Azul de agosto a dezembro de 1997, quando a mesma entidade lançou a aventura da "Universidade Evangélica" e pretendia que a Prefeitura Municipal doasse área de 46.OOO m², (área que foi desapropriada com dinheiro da educação para esse fim), fizesse um empréstimo no Banco Mundial de dez milhões de dólares e o repassasse à entidade a fundo perdido. - Maiores detalhes consultando os órgãos de imprensa, no período acima sugerido. - Esse desastre só não aconteceu porque um pequeno grupo de valorosos cidadãos defenderam bravamente os interesses do município de Ubatuba. Tivesse acontecido a citada aventura e hoje Ubatuba estaria endividada, sem universidade, sem o Novo Fórum (que foi construído em parte daquela área) e sem a UNITAU que o "Rotary Club" e o mesmo grupo estimularam para aqui se instalar. - Como a história tem o velho hábito de repetir-se estou dando este "Aviso de Alerta" e reiterando avisos semelhantes dados de janeiro de 1997 a dezembro de 1999. É um aviso. Quem avisa amigo é. Não queremos ser espectadores do desastre como já fomos no passado. Não estou denunciando nada nem ninguém.Estou apenas alertando os responsáveis pela administração municipal e pela fiscalização dos administradores. Misturar o público e o privado, o laico e o supostamente religioso criam problemas. O resgate de Ubatuba não pode trilhar esses velhos "novos caminhos". Nota do Editor: Corsino Aliste Mezquita, ex-secretário de Educação de Ubatuba.
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