Maltratar um animal não está apenas na agressão física, mas também na falta de assistência médica ou na realização de procedimentos considerados inadequados. A utilização de anticoncepcionais em animais, mais conhecidos como progestágenos, é um exemplo. Segundo a médica veterinária do Hospital Veterinário Pró Vita (veterinario24horascuritiba.com.br) Rhéa Cassuli Lima dos Santos, a prática é ilegal. “Essas medicações são vendidas ilegalmente, principalmente em aviários. Como são de baixo custo e não precisam de prescrição médica, é fácil comprá-las”, comenta a veterinária. Os progestágenos são medicações usadas para interromper o cio, ou abortar a gestação de cadelas e gatas em andamento. Segundo Rhéa, o procedimento é feito, muitas vezes, por pessoas não autorizadas, o que põe em risco a vida do animal. “O grande problema é que esses medicamentos, que popularmente chamamos de anticoncepcionais, têm alta carga hormonal, e pode ocasionar infecção dentro do útero (piometra), além de predispor ao aparecimento de neoplasias mamárias, de ovário e de útero”, explica a veterinária. O uso de progestágenos pode deixar o animal em anestro, ou seja, a não ocorrência de cio por muitos ciclos, além de causar aborto. Para Rhéa, o mais indicado mesmo é a esterilização eletiva, também conhecida como castração. Com esse procedimento, diminui o risco de o paciente ter neoplasia e leva a zero a chance de desenvolver infecção no útero. “O uso de progestágenos é tão perigoso que em hipótese alguma recomendamos. Pode causar problemas hepáticos e agravar todo o sistema endócrino do animal”, resume.
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