A veterinária Dra. Renata Nogueira (CRMV-SP 23.787) do Instituto Dog Bakery, especialista em células-tronco, explica a seguir quais são as novidades em relação às novas tecnologias e aplicação do procedimento em animais no Brasil
As células-tronco em humanos no Brasil esbarram em uma série de limitações éticas e jurídicas, por outro lado a medicina veterinária ganha cada vez mais conhecimento uma vez que a sua aplicação e estudo estão em um processo de crescimento contínuo. A terapia com células-tronco tem sido estudada há décadas, e há alguns anos, ela é usada já como forma comercial, inicialmente nos EUA, onde realizam esse tipo de tratamento para animais, com relativa frequência. Aqui no Brasil, essa terapia, que se insere na medicina veterinária regenerativa, ainda é novidade, causando desconfiança por parte de alguns veterinários e entusiasmo por parte dos proprietários, que vêm na terapia uma última esperança. A visão de que as células-tronco possa ser a cura para tudo, está muito longe de acontecer, pois as células têm ações específicas e consequentemente doenças específicas que respondem ao seu uso. E ainda, dentre as doenças tratadas, existe um momento adequado para que seja feito o uso da terapia celular. Por isso, é importante que não seja banalizado o uso das células-tronco, que ela não seja tratada para qualquer doença e ou qualquer situação, daí vem a importância de um especialista para o tratamento com células-tronco. Por sua vez, esse especialista precisa de outros especialistas para falar da parte clínica, do diagnóstico. Esse é um dos motivos que torna a terapia celular com células-tronco um investimento alto. As doenças que respondem a terapia são: doença renal crônica, cinomose, lesão medular, displasia coxo-femoral, artrites, aplasia medular. A célula tem função de imunomediação, antiinflamatória e regeneração tecidual.
Essas células-tronco, são chamadas de células-tronco mesenquimais, que uma de suas características é que elas não tem risco de rejeição. Por isso, existe um banco de células-tronco de cães e gatos, onde essas células estão prontas para o uso, ou seja, para o transplante em um animal doente.
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