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SEÇÃO
Crônicas
14/05/2013 - 09h05
Até quando
Maria Cândida Vieira
 

Os últimos crimes ocorridos no Brasil, como o do jovem alvejado por um menor de idade mesmo após entregar seu celular e o horrendo caso da dentista queimada viva porque tinha apenas 30 reais na sua conta nos fazem perguntar: até quando serão os criminosos que irão ditar as regras sociais no Brasil? Por causa do medo, pessoas não têm mais coragem de ir à rua e não acreditam mais na justiça. A violência tem ceifado vidas de pessoas trabalhadoras, que lutavam para se sustentar com dignidade e honestamente num País em que parece que só enriquece quem rouba, privado filhos de seus pais, pais de seus filhos, esposas e esposos de seus cônjuges, tudo porque ou eles não tinham o que os bandidos queriam, reagiram ou os criminosos, simplesmente, estavam com vontade de matar.

E a gente ainda está imerso numa cultura que tende a vitimizar o bandido, colocando-o como um coitadinho, excluído por uma sociedade cruel. Paremos com este absurdo. A dentista queimada viva era arrimo de família, que vivia apenas para trabalhar e ajudar a família. Pessoas como ela, que lutam para ganhar a vida honestamente, é que são as verdadeiras vítimas, não bandidos que cometem crimes cada vez mais hediondos, zombando da lei, da sociedade, da justiça e dos que são atingidos por sua covardia e total falta de respeito pela vida humana. O rapaz alvejado pelo menor de idade merecia morrer? Ele tinha culpa dos possíveis problemas que o seu assassino pudesse ter? Se pobreza e falta de oportunidades justificassem os crimes mais bárbaros que estão nos ocorrendo, então, não haveria mais gente honesta, que acredita que o futuro está em estudar e lutar para ter um emprego que nos permita pagar as contas e sustentar nossa família.

Aqui, enquanto digito esta crônica, eu penso: será preciso que ocorra um crime ainda mais bárbaro que esse da dentista para que as autoridades se deem conta de que não pode continuar como está? A dentista não pode mais falar por si. Muitos foram calados para sempre. Cabe a nós, que estamos vivos, falar por eles, para que não sejam esquecidos como se o que houve com eles fosse uma coisa insignificante e a dor dos que os perderam não importasse.

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