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Opinião
19/05/2013 - 17h22
F&A em óleo e gás: um futuro mais que promissor
Paulo Guilherme Coimbra
 

Depois de quase cinco anos de jejum, o governo finalmente realizou a 11ª rodada de licitação de petróleo e gás pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). O acontecimento agitou o mercado, tanto doméstico, como internacional, que vivia em compasso de espera e estava ávido por oportunidades de investimento no País, todos de olho em uma nova fatia do setor. Vale lembrar que isso é só o começo já que esse leilão, que não envolveu áreas de alto potencial, foi apenas um dos três ainda previstos para 2013, ano que promete ser um dos mais promissores para toda a cadeia. Os outros dois vão abranger a tal famosa região do pré-sal e de gás de xisto, respectivamente.

A lista das empresas participantes também nos mostrou uma realidade inédita e prova que o Brasil continua no radar das companhias estrangeiras. Dos 30 grupos vencedores, 18 são de fora do Brasil, vindos de 12 países como Noruega, Austrália e Reino Unido. Ressalto a ausência das empresas japonesas e chinesas, talvez por uma questão estratégica e já de olho no leilão do pré-sal. Dos 289 blocos oferecidos, 142 foram arrematadas.

Não há dúvidas de que a realização dos leilões vai turbinar as operações de fusões e aquisições que vinham seguindo em ritmo lento nesses cinco anos de espera. Durante este período, em que as áreas exploratórias minguaram, a única maneira de entrar no setor no Brasil era pela compra de participações em ativos já sob concessão, a chamada operação de farm-in. Para termos uma ideia, nos primeiros três meses deste ano foram concretizados quatro negócios e em todo ano passado foram apenas 19, bem longe da marca dos 37 alcançados em 2001.

Diante desse novo cenário que está se desenhando, as perspectivas são as mais promissoras e, com isso, as transações de fusões e aquisições devem ultrapassar os recordes anteriores e se tornar bastante ativas no País neste e nos próximos cinco anos.

Essa realidade vai favorecer, principalmente, as empresas estrangeiras, que estão entrando forte na indústria em busca de conhecimento de mercado local, de olho em uma atuação futura no pré-sal. Neste caso, será inevitável a busca de parcerias, por meio de operações de fusões e aquisições, com empresas domésticas que já atuam no mercado e que contam com o conhecimento das particularidades do setor brasileiro, como regulação e tributos, além de serem beneficiadas com incentivos pela nova legislação do setor.

De qualquer forma, a realização dos leilões é uma boa notícia para a indústria e para o governo, que registrou recorde de arrecadação de R$ 2,823 bilhões em bônus de assinatura somente nesta primeira licitação. Podemos acrescentar ainda os vultosos investimentos que serão realizados para viabilizar a produção. Após a paralisia dos últimos anos, tudo indica que esse é apenas o começo de uma nova era promissora para a indústria petrolífera no Brasil.


Nota do Editor: Paulo Guilherme Coimbra é sócio da área de Petróleo e Gás da KPMG.

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