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Crônicas
24/05/2013 - 09h00
Aborto: por que sou contra
Maria Cândida Vieira
 

Eu não condeno quem faz um aborto. Entendo que muitas meninas o tenham feito porque estavam desesperadas e não viam alternativa, embora eu pense que elas deveriam ter considerado essa possibilidade e sido mais responsáveis no tocante às suas atividades sexuais. E compreendo mulheres que o fizeram porque ficaram grávidas em decorrência de estupro ou corriam risco de vida. O que é, para uma mulher, sentir que está se formando dentro dela algo resultante de uma experiência que foi tão degradante e humilhante? Só quem passa pelo estupro pode definir isso. Mas, no geral, sou contra o aborto. Por quê?

Não sou contra o aborto por motivos religiosos, mas porque eu penso que um feto é uma vida individual, com direito a viver. Um feto não é um tumor ou uma verruga que possamos extirpar, mas uma vida em potencial, que poderá se tornar um grande homem ou uma grande mulher, alguém que terá sonhos, pensamentos e sentimentos próprios. Seria justo que eu privasse alguém do seu direito a se tornar uma pessoa? E, se há quem seja contra a pena de morte mesmo contra os piores tipos de criminosos, por que não ser contra a eliminação de alguém que não fez nada a não ser ser gerado e não pode se defender?

Pessoas que são a favor da legalização do aborto dizem que isso permitiria que as mulheres tivessem melhor atendimento médico em vez de recorrer a clínicas clandestinas. Bem, nós sabemos muito bem que, todos os anos, milhares de mulheres realizam abortos em clínicas clandestinas e morrem de hemorragia ou infecção ou ficam muito doentes ou mesmo estéreis. Mas isso é motivo para legalizar o aborto? Se ele se tornasse legal, o que aconteceria? Meninas irresponsáveis, que não tomam medidas preventivas, iriam recorrer ao aborto para se livrar dos fetos dentro delas como se fossem camisas velhas. Isso está certo? Essas meninas deveriam ser mais cuidadosas e entender que, nos tempos de hoje, uma gravidez indesejada é a consequência menos grave de uma vida sexual descuidada. E, se os métodos contraceptivos estão aí, é para serem usados! Quem não quiser ter filhos, simplesmente, não engravide! E sabemos muito bem que o aborto nunca é uma experiência fácil. Muitas mulheres que o fizeram ficaram com graves problemas psicológicos. Algumas se tornaram frígidas ou passaram a carregar culpa e angústia. Vale salientar que o bebê em um útero está se desenvolvendo dentro da mãe mas não pertence à mãe. A vida de uma pessoa nunca é propriedade da outra.

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