Trinta e um de maio é o Dia Mundial Sem Tabaco. A data foi criada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para alertar as pessoas sobre os males provocados pelo consumo de tabaco (cigarro, cachimbo e charuto). Especialistas do Núcleo de Cardiologia do Hospital Samaritano de São Paulo chamam a atenção para a necessidade do combate ao tabagismo, já que o fumo é o principal fator de risco evitável para as doenças cardiovasculares. O cardiologista do Hospital Samaritano de São Paulo, Maurício Jordão, explica que a incidência de infarto do miocárdio é seis vezes maior nas mulheres e três vezes maior nos homens que fumam, pelo menos 20 cigarros/dia, quando comparados com não fumantes. “O hábito de fumar é pior para as mulheres. O risco de uma mulher ter doença cardiovascular é 25% maior que um homem”, afirma. Outro dado destacado pelo especialista é que o risco relativo de uma pessoa fumante com 35 anos de idade morrer por causas cardiovasculares é 1,63 vezes maior comparado com não fumantes. “É interessante lembrar que o tabagismo passivo, ou seja, conviver com fumantes tem as mesmas consequências. O passivo tem 25 a 30% mais chances de infarto do que não fumantes”, ressalta Jordão. O especialista do Núcleo de Cardiologia afirma que todo esse impacto do cigarro nos eventos cardiovasculares (infarto e AVC) deve-se a: modificações do perfil lipídico com aumento do LDL (colesterol ruim) e triglicérides, diminuição do HDL (colesterol bom) e aumento de resistência à insulina com maior risco para diabetes. “O cigarro também ativa o sistema nervoso simpático com aumento da frequência cardíaca, hipertensão arterial e aumento da capacidade de vasoconstrição. Todos os efeitos acontecem durante o ato de fumar”, destaca o cardiologista. Benefícios ao parar de fumar: · após 20 minutos, a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal; · após 2 horas, não tem mais nicotina no sangue; · após 8 horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza; · após 2 dias, o olfato já percebe melhor os cheiros e o paladar já degusta a comida melhor; · após 3 semanas, a respiração fica mais fácil e a circulação melhora; · após 5 a 10 anos, o risco de sofrer infarto será igual ao de quem nunca fumou.
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