Medicina preventiva é colocada em prática em campanha contra a gripe
Já dizia o ditado: “É melhor prevenir do que remediar”. A medicina preventiva é o grande xis da questão nos dias de hoje. Com o intuito de proporcionar qualidade de vida ela prevê, evita e trata eventuais doenças, antes que elas se manifestem plenamente. É o caso da campanha contra a gripe que acontece anualmente, nos meses que antecedem o inverno para precaver esta enfermidade, principalmente nas faixas etárias extremas. Segundo o pneumologista da Amhpla Cooperativa de Assistência Médica (www.amhpla.com.br), Pedro Antônio de Mello, “as pessoas que tomam a vacina contra a gripe tendem a ser mais resistentes, por isso a importância de imunizar, principalmente crianças e idosos. Essa vacina é indicada a todas as idades, a partir dos seis meses de vida”. E, atenção para o alerta do pneumologista: a imunização não desenvolve a doença. Quando isso acontece, é sinal de que a pessoa já estava com o vírus encubado. Gripe x resfriado Gripe e resfriado são problemas diferentes, explica o médico. “O resfriado é um processo localizado, que só atinge as vias aéreas superiores (nariz e garganta), provocando coriza, dor na garganta e tosse. Já a febre - tida como um mecanismo de defesa do organismo - é típica da gripe e deve ser controlada com banhos mornos a frios e uso de antitérmicos. Algumas pessoas podem apresentar sintomas de delírio ou crise convulsiva com febre muito elevada, principalmente as crianças”. De acordo com Pedro Antônio de Mello, a gripe aparece mais na época do inverno, porque as pessoas costumam ficar em ambientes mais fechados, “segurando” o vírus no ambiente e contribuindo para a transmissão da doença. “O ideal é manter o ambiente ventilado e limpo, fazer boa alimentação, repousar, evitar a ingestão de bebidas alcoólicas e fumo”. É preciso prestar atenção também às secreções, que em regra apresentam cor clara. “Se a secreção mudar de cor, para amarela ou esverdeada, é sinal de infecção secundária e, nesse caso, é preciso procurar um médico que indicará a forma de tratamento, inclusive para evitar a pneumonia - uma complicação possível da gripe, normalmente gerada por uma bactéria. Além dessa, outras infecções como sinusite, otite e bronquite também são complicações possíveis”. H1N1 O vírus da gripe H1N1 ou influenza A, salienta Dr. Pedro, é um vírus mutante e mais agressivo. “A prevenção também é feita com a vacina do vírus da doença inativo e fracionado (não é a mesma vacina da gripe convencional). As pessoas mais suscetíveis a contrair o vírus são crianças, gestantes e mulheres que acabaram de ter bebê, idosos acima de 60 anos e pessoas com patologias crônicas. Os indivíduos que trabalham na área da saúde também devem tomar a vacina. Neste sentido, se a pessoa tiver sintomas como febre repentina, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações e coriza, é indicado que se procure um médico ou um serviço de saúde, como já se faz com a gripe comum”, orienta. E conclui: “A H1N1 é uma doença que pode evoluir como uma gripe comum sem complicações ou resultar em um quadro de insuficiência respiratória, podendo levar à morte. Neste quadro, o vírus inflama os pulmões, gera desconfortos na respiração, e a pessoa só consegue reagir se tem uma boa capacidade respiratória. Esta gripe é muito preocupante e a nossa principal arma é a conscientização com relação à importância da vacina”.
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