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Opinião
12/06/2013 - 11h00
Dia dos Namorados: como é sua relação?
Alexandre Bez
 

Na medida em que o tempo passa, algumas comemorações como o Dia dos Namorados (12 de junho) adquirem um formato diferenciado e mais coerente em nossa vida. Muito além do ato de comemorar em si, o aspecto emocional e a natureza que constituem a base dessa relação amorosa irão influenciar de formas completamente antagônicas o relacionamento. Isso pode apresentar-se de duas maneiras: positiva ou negativa, enquanto elas estiverem diretamente ligadas a sua forma de apresentação, sendo agregada, real ou virtual.

Positiva: É quando a relação encontra-se dentro dos padrões exigidos e esperados, ou seja, pertencentes aos grupos considerados normais. Evidentemente que esta postura engloba com propriedade qualquer distúrbio neurótico, como também, as eventuais desavenças causadas pelas divergências habituais do pragmatismo diário. Na data do Dia dos Namorados mais que outras datas de comemorações particulares (de ordem relativa ao casal), a energização e a harmonia que os envolve é sólida, substancial e repleta de carinho. O amor de fato pode ser percebido, sendo ecoado a léguas de distância. Essa gama de sentimentos reais reflete de uma forma homogênea na fisionomia do casal, onde essa sensação de felicidade e encantamento pode ser simplesmente distinguida pelos mais incrédulos dos românticos. Mas essas características são exclusivamente pertencentes ao grupo daqueles que, apesar de todas as dificuldades presentes na relação, adquirem a conotação de real. Portanto, pela gama de sentimentos apresentados no relacionamento e pela maneira especial da comemoração, o dia 12 de junho envolve: carinho, afeto, ternura, preocupação e cuidados especiais com os preparativos. Prestar atenção aos simples detalhes para que tudo saia conforme planejado faz sua relação ser considerada – normal.

Negativa: Diferentemente da inferência positiva, onde a relação é considerada normal, ela já apresenta um quadro de desprendimento relacional. Problemas pequenos ou médios contratempos fazem parte constante de qualquer relacionamento. Entre eles estão às dúvidas e desesperos (profissionais, acadêmicos, familiares, entre outros) que constam numa interminável lista, onde tudo é motivo para omitir, preterir e faltar com a devida atenção. Essas demonstrações são visíveis através da falta de emoção, sensação, sentimento e evidentemente da falta de amor. Nas relações virtuais ou agregadas, o que importa não é o periférico, ou seja, o dia a dia, mas sim fatos isolados (datas comemorativas como a do Dia dos Namorados). Com isso, é possível prorrogar de maneira eficiente a famosa "DR" – discussão de relacionamento, afastando as possibilidades de uma melhor interação, avaliação e percepção da relação. Para algumas pessoas não importa se a relação não é real, e sim agregada ou virtual.

Na relação agregada não existe amor puro e verdadeiro. Mas sim uma relação unida somente por um falso aconchego, interesse em comum, ganância e pessoas mal intencionadas. Todas essas citadas estão inclusas nessa classificação. A pessoa é agregada pela conveniência que justamente a promove e sustenta. Em função disso, uma comemoração nunca irá sequer atingir os mínimos patamares do carinho, fidelidade, romance, nem ao menos amor e sinceridade. Mesmo que uma relação seja fria e errônea, cumprirá o papel de não deixar uma comemoração como a do Dia dos Namorados passar em branco. É aquela relação que na psicologia podemos denominar de "Solidão a dois", ou seja, as pessoas namoram simplesmente por namorar. Assim como a relação agregada constitui-se negativamente no relacionamento do casal, a virtual não deixa por menos. A relação virtual é desprovida de um sentimento real e pode ser conferida apenas no mundo irreal, conforme a sua nomenclatura indica. Ainda quando se torna palpável não há elementos suficientes que justifiquem a permanência desse casal enquanto casal, mas é interessante para dizer ou supor que se tem alguém, sendo funcional nesse sentido. A pessoa acaba se alimentando de uma fantasia. Mas como estabelecer vínculos sem a presença, sem toques, sem carícias, carinho, amparo e sexo? Simplesmente não tem como! Quando tem alguma data especial, a pessoa comemora virtualmente. Pessoas com tendência a carência, ao medo do isolamento e a necessidade de ter alguém, encontram-se nessa classificação.

Dicas para avaliar se a sua relação é: Real, Virtual ou Agregada

- Observe sempre o nível de sentimentalismo e compreensão que rola entre vocês.

- Permita-se sentir se as palavras proferidas batem com a demonstração de afeto.

- Nos momentos de alguma crise unilateral, seja ela desencadeada por qualquer motivo, repare no afeto e na preocupação em relação a você.

- Sinta a expressividade na relação e associe-a ao tato desenvolvido nas preliminares. Qual é a qualidade, intensidade e veracidade destes?

- Crie uma estratégia para averiguar o quanto a pessoa gosta de você ou se é só interesse físico ou financeiro. Nas relações virtuais, mesmo quando já se tornaram presentes, não há apresentações à família. A pessoa mesmo aparecendo na vida do outro fica ainda artificial.

- Teste o seu nível de folga. Nas relações agregadas, usualmente o parceiro masculino odeia contribuir com os afazeres e/ou contas da casa. Eles odeiam também discutir as relações, pois através destas pode-se chegar a um denominador nada interessante.

- Avalie o presente recebido, não pelo valor, mas sim pela forma com que ele foi entregue. Repare também no olhar, ele auxilia muito nesses momentos.

- Já que a data é dia 12 de junho e refere-se aos apaixonados, faça uma meditação e reavalie a sua postura conjugal, se está de acordo com seus sentimentos e desejos.

- Perceba se você não é tratado como um objeto de posse e alvo de ciúmes constantes. O agregado tem medo de perder sua maior provedora.

- A qualidade, frequência, nível, intensidade, entrega pura e profunda são excelentes materiais para avaliar se a pessoa gosta ou não de você. Nas relações virtuais e agregadas, a tendência é a perda da qualidade sexual.

- A pessoa é colaboradora de uma maneira geral, auxiliando o parceiro em tudo o que precise ou pensa somente nela?


Nota do Editor: Alexandre Bez é psicólogo e escritor.

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