Eu sabia que além do castelhano, o catalão também é considerado língua oficial na Catalunha, mas não fazia a menor ideia de como era essa língua. Ao chegar em Barcelona é que tivemos o primeiro contato. Lendo, porque eles não falam catalão com estrangeiros, é claro, somente entre eles. Tudo vem escrito primeiro em catalão, depois em castelhano. De início não se entende nada, a não ser uma ou outra palavra parecida com português, com francês, com italiano... Por exemplo, na porta de estacionamentos havia sempre uma tabuleta: Obert. Da primeira vez, distraída, eu li Robert, pensando que era o nome do lugar. Depois é que a ficha caiu, fiz a ligação com o francês: ouvert, que quer dizer ‘aberto’. Alguns bancos tinham escrito na porta ‘Caixa’, assim mesmo e não Caja, como em espanhol. Bem, para melhor entender, começamos a ler em voz alta tudo o que víamos. Horaris, rutes, servei i condicions. Respecteu les obres d´art, les intal-lacions i els altres visitants. Molt important per seu interès. No es permès pujar animals a bord. Centre d´Estudis d´Art Conteporani. 10 viatges integrats durant 1h15. Tarifa estudiants. Preu: 7,00 E. ... e assim por diante... Praticando o exercício, descobrimos algo muito interessante: só pode ter sido lá em Barcelona que o nosso saudoso Mussum se inspirou para criar aquela linguagem típica do seu humorismo!
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