Ele se chegou ao balcão e pediu uma dose da marvada. Tomou em poucos segundos. Deu uma olhada pelas paredes do bar. Fez sinal para o atendente vir até ele. Pediu um choro, meia dose que lhe foi negada. Resolveu esclarecer que pagaria e que queria também duas balas de hortelã. Colocou o valor cobrado em cima do balcão. Tomou a meia dose num gole só, e ao desembrulhar a bala ele olhou para o atendente e falou: - “Esta é para manter a minha dignidade.” Deu um sorriso e saiu meio cambaleando.