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Opinião
27/06/2013 - 07h18
Plebiscito é cortina de fumaça
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Depois do “mal-entendido” sobre a Constituinte, o governo pretende realizar um plebiscito para decidir a reforma política. É mais um entre muitos enganos e demagogias que levaram o país às atuais contradições e provocaram a indignação e revolta popular. É preciso lembrar à presidente Dilma Rousseff que um plebiscito custa o mesmo que uma eleição geral, pois mobiliza todo o eleitorado nacional. E que esse gasto é desnecessário porque todo brasileiro sabe o que precisa mudar. A reforma política vem sendo discutida há quase 20 anos. Só não avança porque os próprios governos, os congressistas e as chamadas forças da sociedade não se interessaram. Preferiram empurrar os problemas com a barriga enquanto lutam entre si pelo poder, toleram o corporativismo e a impunidade e, de quebra, ainda impõem ao povo fórmulas alienígenas como o desarmamento, o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e outras modernidades que rompem com os padrões tradicionais de vida do povo brasileiro.

A casta dos eleitos, nomeados e concursados, hoje colocada na alça de mira das manifestações populares, tem deveres a cumprir. E, para evitar que as reivindicações pacíficas se tornem violentas, deve se desincumbir de suas atribuições em consonância com o clamor que vem das ruas e praças públicas. Certamente o povo não concordará com o desembolso de R$ 500 milhões – as eleições gerais de 2010 custaram R$ 490 milhões, segundo o TSE – só para saber o que a população pensa sobre reforma política. Isso é tarefa dos eleitos que hoje compõem o governo e as casas legislativas. Têm de fazer tudo de acordo com aquilo que prometeram ao povo, durante a campanha eleitoral, quando pediam o voto.

Não será difícil aos governantes, parlamentares e a seus agregados interpretarem o que a população vem reclamando nas ruas. Basta que a isso se incluam medidas concretas para a moralização dos gastos públicos, a rigorosa apuração dos escândalos e a justa penalização dos responsáveis. O Governo e o Congresso Nacional precisam agir com toda pressa em busca da reconciliação com o povo. Além da reforma política e administrativa que evitem a ocorrência das falcatruas e roubalheiras que hoje indignam a população, há que se cumprir com as tarefas constitucionais de garantir Saúde e Educação ao povo. É preciso desengavetar e reformar as leis e procedimentos para melhorar a Segurança Pública evitando, por exemplo, que um mesmo criminoso seja preso e solto diversas vezes e em curto espaço de tempo cometendo um mesmo crime.

Isso é dever institucional. Não depende de plebiscito nem de constituinte. Basta apenas o Governo governar e o Legislativo legislar. Feito isso, conseguirão reconquistar a desejada paz social e até o respeito do povo. Há que se enfrentar os problemas e não fazer cortina de fumaça...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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