Os dados são da Sociedade Brasileira de Dermatologia. A maioria das pessoas, até a idade adulta, já entrou em contato com o vírus, mas não desenvolveu a doença. Mas como tem aumentado significativamente o estresse na população adulta, o vírus do herpes tem aparecido com mais freqüência, até mesmo nas pessoas que nunca tiveram a manifestação do vírus. O microorganismo fica alojado no corpo e se manifesta com a queda da imunidade (defesa do organismo). O vírus fica incubado nas terminações nervosas, próxima à região da infecção, geralmente próxima aos lábios. Mas o herpes pode aparecer em qualquer parte do corpo. A virose ataca homens, mulheres e crianças num mesmo grau e é transmitida por contato interpessoal. Ou seja, beijo na boca e uso de um copo recentemente utilizado por alguém infectado pode transmitir o vírus. O vírus se manifesta quando se toma sol, dorme-se mal à noite, no período pré-menstrual (no caso das mulheres) e, principalmente, quando diminui a resistência do organismo por causa de alguma outra doença, estresse, ansiedade ou desequilíbrio emocional. "Algumas pessoas, no entanto, ficam com o vírus e nunca chegam a desenvolver a infecção", explica a dermatologista Luciana Labouriau, membro da sociedade brasileira de dermatologia. Após a manifestação, formam-se pequenas bolhinhas de água (vesículas) na região dos lábios, principalmente. O ataque pode ocorrer ainda em outras partes do rosto, como nariz e olhos. As vesículas permanecem por mais ou menos sete dias, curando-se espontaneamente. A recuperação depende do organismo de cada um. "O intervalo dos surtos variam, podendo ser a cada 15 dias ou de ano em ano" afirma Labouriau e diz “Para quem tem a doença, prevenir é o melhor remédio, já que não existe cura definitiva para o problema”. O sinal de que o vírus vai atacar é uma comichão (coceira com ardência) na região infectada. "O uso de medicamento nessa fase é importante, pois retarda a manifestação", diz a dermatologista. O tratamento consiste em aplicação de água boricada no local infectado, uso de pomadas e antibiótico. Quando os surtos são muito frequentes, os especialistas geralmente recomendam o uso contínuo do antibiótico ou vacinas anti-herpéticas. Porém, antes de ficar se automedicando, é recomendável consultar um especialista. O período de transmissão é quando as bolhinhas de água ainda não estão secas. Durante esses dias, é aconselhável não beijar nem deixar que usem os mesmos copos, talheres ou mesmo o batom, para não haver transmissão do vírus. Siga algumas orientações da dermatologista Luciana Labouriau e diminua o desconforto causado pelo herpes. 1. Mantenha a lesão limpa e proteja com vaselina. 2. Evite alimentos salgados e ácidos. Comidas como batata frita ou frutas cítricas podem irritar ainda mais o herpes e aumentar a dor. 3. Faça bochechos com soluções anestésicas prescritas pelo seu médico. 4. Consulte um médico. Se você tem herpes labial grave ou com frequência, procure um médico. Em alguns casos, pode ser prescrito um medicamento antiviral. 5. Proteja seus lábios contra o sol. A aplicação de protetor solar nos lábios pode ajudar a prevenir as recorrências do herpes induzido pelo sol. Procure usar um protetor solar feito especificamente para os lábios que tenha um FPS 15 ou maior. Ou use um batom que contenha protetor solar. 6. O herpes é extremamente contagioso. Evite beijar e compartilhar copos, toalhas ou outros itens. Lave suas mãos com freqüência, especialmente após tocar o herpes. E tome cuidado para não passar as mãos nos olhos ou nos órgãos genitais após tocar o herpes.
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