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Opinião
08/07/2013 - 07h14
Horizonte fragmentado
Dartagnan da Silva Zanela
 

1. Clichê comuna: aqueles que vaiaram a Presidente o fizeram porque podiam pagar o ingresso para assistir ao jogo (a zelite). Uma graça esses vermelhinhos. Bem, mas por esse raciocínio toda cúpula comuno-petista, e seus trutas, deveria estar no estádio, visto que, até onde sei, todos eles podem muito bem pagar trezentos barões para assistir um deprimente espetáculo como aquele. Mas não. A grande maioria que lá estava era daqueles que tem praticamente 42% de seus ganhos usurpados pelos tentáculos Estatais para manter a úbere farta que amamenta a horda ovino-parasita que aplaude a senhora comandanta. Por isso, camarada, zelite é a Dilma que te pariu.

2. Uma frase boba advinda de bocas doutas: “é debatendo que a gente cresce e se aprimora dialeticamente”. Patacoada furibunda! Ora, isso depende de quem será o nosso interlocutor. Se for uma pessoa que ama a verdade, sim, a conversa será de grande valia. Entretanto, quando estamos diante dum estulto presunçoso, o melhor é calar e sair de perto, pois, dando ouvidos a um sujeito, todo lambuzado numa ideologia, ou causa, que crê que isso é uma forma excelsa de sabedoria, corremos o risco de emburrecer, e muito, como nunca se viu antes na história desde país. Aliás, nós crescemos e nos aprimoramos, de fato, quando silenciamos e estudamos. O contrário disso é apenas conversa vazia duma assembléia de cabeças ocas num dialético círculo de alucinações.

3. Comunista bom é comunista morto? Não. Comunista morto continua sendo o que é: marxista. Por mais que finja, continua sendo o que é, seja neste ou noutro plano da vida. Comunista bom, meu caro, é comunista convertido, liberto dos grilhões do Evangelho segundo Marx. Outra coisa: não existe essa firula de ex-marxista ou marxista light. O primeiro é comuna envergonhado e o segundo, tímido. Ambos são coloridos por fora e vermelhos por dentro. Não creio na dissimulada honestidade e imparcialidade deles. Ou se é um ex-comunista que combate a lúgubre manada de seguidores da doutrina rubra ou apenas fingi-se que largou o vício pra enganar a torcida. A carapaça de “homem-novo”, destes, é postiça, tão falsa quanto suas crenças e convicções.

4. [Protesto macabro] “Não adianta mais rezar, porque o aborto vamos legalizar...”. Assim gritava uma turba diante da Catedral da Sé em São Paulo. Sinto informar, mas a reza continuará pelos inocentes mortos, num covarde silêncio, à margem ou dentro da lei. Idem pelas almas que defendem e cometem o assassinato dum indefeso. Doravante, a mesma massa (depre)cívica declarava: “Retirem seus rosários de dentro de nossos ovários”. Os Santos rosários, horda nada gentil, estão em mãos orantes que rezam para que o santuário da vida não seja maculado com um homicídio movido por um egoísmo sinistro mal-disfarçado numa “cidadania de gênero”. É isso.

5. Decepção. Uma e outra vez vemo-nos assaltados por ela. Mas, qual é a probabilidade que não o sermos? Somente um tolo imagina que nossos semelhantes não nos brindarão com ela, ou que não iremos servi-los com o mesmo cálice. Aliás, quem nunca decepcionou-se consigo? E como bebemos desta dita cicuta, diga-se de passagem. Esperamos muito de pessoas pequenas, muito pequenas, como eu e você e, por isso, não sabemos perdoar. Nem queremos aprender. Essa é a breve sinopse da tragédia do coração do homem moderno, com reprises infindáveis de segunda a domingo.

6. Uma característica típica dos adolescentes tardios, que abundam neste Brasil, é aquela atitude bocó de morder a mão que os alimenta. O papai paga todas suas contas ou, quase todas e, adivinhem: os bichinhos fazem beicinho. O velhinho, ao invés de receber gratidão, é brindado com inúmeros resmungos e queixumes sobre sua pessoa ultrapassada. Tudo bem, se o paizinho, o genitor-mantenedor perpétuo, é quadrado, a solução é simples: sustente-se. Isso mesmo! Construa sua casa, organize sua vida, pague suas dívidas, mantenha seu lar e então, e somente então, permita-se o luxo de levantar a voz para ele, nenenzão cidadão. Ah! E não reine! Eu não sou teu pai.


Nota do Editor: Dartagnan da Silva Zanela é professor e ensaísta. Autor dos livros: Sofia Perennis, O Ponto Arquimédico, A Boa Luta, In Foro Conscientiae e Nas Mãos de Cronos - ensaios sociológicos; mantém o site Falsum committit, qui verum tacet.
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