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Opinião
27/07/2013 - 08h00
As reformas que o país exige
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

A presidenta foi pedir conselho ao seu padrinho político e, após ouvi-lo, decidiu não mexer no governo. Manterá o inchaço dos 39 ministérios e não remanejará ninguém do primeiro escalão, para evitar baixas na base aliada. Certamente continuará amargando a queda de popularidade, cujo declínio forte começou com as manifestações populares. Se conselho fosse bom, em vez de gratuitos, eles seriam vendidos, já diziam, sabiamente, os nossos avós. Dá até pra desconfiar que, ao aconselhar a pupila, o guru possa estar tentando pavimentar o próprio caminho de volta. Se ela cair, quem será o “salvador da legenda”?

Independente de conjecturas, o que mais pesa hoje é a idéia de que, apesar dos discursos e até do incentivo às manifestações pacíficas, o governo pouco está se preocupando com elas. Em vez de atender aos reclamos contra a gastança, a corrupção e por melhoras na Saúde, Educação, Transportes e outros serviços, cuida de promover uma reforma política que só interessa aos próprios políticos e em nada tende a melhorar a imagem da classe junto à população. Arruma problemas com os médicos ao anunciar a contratação de médicos estrangeiros, sem concurso nem revalidação. E agora, insiste em manter o governo ampliado com um numeroso ministério e cargos, criados para atender aos apetites políticos dos aliados. Não admite nem uma “reforma”, que oxigenaria o meio e abriria novos prazos para a solução de problemas.

Infelizmente, a redemocratização, implementada a longo das últimas três décadas, foi feita de improvisos e sofismas. Primeiro, os ditos democratas, irresponsavelmente, prometeram a utópica solução de todos os problemas nacionais através da simples democracia. Depois, já encastelados em posições importantes, muitos desses senhores e senhoras, ainda a título de redemocratizar, destruíram o poder coercitivo do Estado, tornando toda a sociedade refém de movimentos, facções criminosas e até dos próprios menores de idade que, superprotegidos de um lado e abandonados de outro, tornaram-se presas do crime. Por essa e outras razões, a segurança pública foi à falência. Mas os ditos poetas da redemocratização, que fizeram tudo isso, não descem do salto e continuam a defender as inovações que naufragaram o país.

Outro grande filhote desses tempos democráticos é o cargo público de nomeação sem concurso. Existem mais 700 mil deles país afora, servindo de moeda para a barganha de apoio político. Esses postos, se necessários, deveriam ser ocupados por servidores concursados. Se um dia isso vier a acontecer, os partidos políticos, para continuar existindo, terão de realmente fazer política, os governantes deixarão de ser reféns e a administração pública tenderá a funcionar melhor. O jeito de fazer política se tornará mais sério e a democracia poderá, então, restar vitoriosa.

Sem uma verdadeira reforma política, administrativa e de conceitos, o povo continuará protestando nas ruas e o futuro será incerto...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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