19/08/2025  06h48
· Guia 2025     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Opinião
28/07/2013 - 17h37
Escelerofobia
Igor Rafailov
 
Medo da perversidade, nas escolas e nas empresas

Escelerofobia 1 - Medo de ser roubado. 2 - Medo de ser prejudicado por pessoa perversa. (Dicionário de Fobias)

Palmatória, castigo, “geladeira”, suspensão e expulsão foram métodos utilizados até recentemente nas escolas públicas e privadas. Hoje, com a violência que atingem as escolas, professores ficam (e pior, não devem ter) sem nenhuma ação diante de um aluno transgressor. Os docentes estão com medo de trabalhar. Miriam Abramovay afirma ainda: “Porque os professores, às vezes, são até ameaçados por questões banais”.

Já não causa surpresa a notícia da ação criminosa de um aluno do ensino básico ou médio, nos Estados Unidos ou na Europa, matando, num impulso descontrolado, vários colegas, professores e funcionários de sua escola. Ocorre também no Brasil. Em 2011, no bairro do Realengo – Rio de Janeiro ocorreu o mais recente que teve repercussão midiática.

E quantos outros ocorrem nos interiores em menor escala e sequer são mais tema de mídia. Até que ponto a ação de um serial killer é a sua hora da vingança? Isto também ocorre em outras regiões do mundo. Talvez sem o devido destaque na grande mídia, quando suas proporções são mais reduzidas, merecendo menção só no noticiário policial local, talvez.

E já aconteceram ações criminosas deste tipo também em organizações. Há três anos, em Nova Iorque, foi descoberta uma série de homicídios cometidos por uma funcionária que, para ser promovida, eliminou seus concorrentes diretos através de envenenamento. E isto só foi divulgado, por ter sido descoberto... Quantos outros casos iguais passaram despercebidos?

A violência dentro e fora das escolas, de grupos de gangues, de pessoas ligadas ao tráfico e os ataques individuais, são o reflexo daquilo que também pode ocorrer no ambiente corporativo. Esta violência física, institucional, moral é por muitas vezes banalizada e ignorada. E esta é a forma errada de tratar este problema.

Hoje as escolas não usam a palmatória, como nas gerações passadas. E nem mesmo as empresas a poderiam usar. Fica até inseguras sobre o que podem ou não fazer, por terem receio de responder a uma ação de assédio moral.

Quais são as soluções para reduzir o medo de ações perversas?

A primeira é fundamental: não ignorar que a ameaça existe.

Das outras, parte são internas: realizar permanentemente avaliações de clima organizacional, entrevistas mais freqüentes com empregados, com mais qualidade nas admissionais e demissionais e, facilitar mais a comunicação interpessoal. As soluções externas se alcançam participando de ações de apoio a entidades que promovam a civilidade escolar e social, para a inserção de alunos e das comunidades que estão fora da escola.

Será que na sua empresa sofrem de escelerofobia? Tem colaborador perverso? Ou nunca ocorreu? Ocorre mobbing? Mobbing é o bullying em ambiente corporativo, e já é na jurisprudência brasileira definido como dano moral.


Nota do Editor: Igor Rafailov é consultor, designer, colecionador de fobias e autor do Dicionário de Fobias e Piloto Planador. Reside no Recife, pertinho da praia de Boa Viagem. @dicionariodefobias

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "OPINIÃO"Índice das publicações sobre "OPINIÃO"
31/12/2022 - 07h25 Pacificação nacional, o objetivo maior
30/12/2022 - 05h39 A destruição das nações
29/12/2022 - 06h35 A salvação pela mão grande do Estado?
28/12/2022 - 06h41 A guinada na privatização do Porto de Santos
27/12/2022 - 07h38 Tecnologia e o sequestro do livre arbítrio humano
26/12/2022 - 07h46 Tudo passa, mas a Nação continua, sempre...
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2025, UbaWeb. Direitos Reservados.