Os peixes são bonitos, muitas vezes coloridos, não fazem “bagunça” e ficam no espaço que devidamente foram colocados. Mas embora sejam animais de fácil convívio (afinal de contas, não andam pela casa como cães e gatos), os peixes precisam de cuidados especiais. Nada de deixá-los apenas como parte da decoração da casa. É bom sempre ficar de olho na alimentação, nos cuidados com a higiene do aquário e na temperatura ideal.

Os peixes ornamentais tropicais, mais comuns em aquários, na sua grande maioria vivem entre um a três anos. Alguns, como os peixes dourados, podem viver até 20 anos. Segundo o médico veterinário do Hospital Veterinário Pró Vita (veterinario24horascuritiba.com.br) George Ortmeier Velastín, é preciso ficar atento à temperatura a que são submetidos. “Cada espécie de peixe tem uma temperatura ideal. O recomendado é procurar peixes que tenham temperaturas semelhantes. Importante também é levar em consideração, além da temperatura da água, outros fatores relacionados à água como pH (pode variar de 6,0 a 8,4), quantidades de amônia, nitritos e nitratos na água, entre outros”, explica.

Outra dica diz respeito à exposição à luz. De acordo com George, o período de iluminação deve ser próximo a 12h - tempo de duração de um dia tropical. Mas devido ao equilíbrio com algas presentes no aquário, recomenda-se ao menos 8h diárias feitas pela iluminação do próprio aquário.

Para quem não se lembrou, os peixes, é claro, também se alimentam! Segundo o veterinário, a alimentação varia de acordo com a espécie. “Para a grande maioria podemos oferecer rações comerciais em formas de flocos ou pequenos pellets. É importante também ter algumas plantas/algas no aquário para equilibrar a alimentação. Os donos devem sempre observar a quantidade oferecida para que não sobre muito alimento no fundo do aquário, o que pode afetar a qualidade da água”, comenta.

Os donos também devem ficar de olho na higienização do aquário. Para George, uma mudança parcial da água por semana é o mais recomendado para se manter o equilíbrio biológico, principalmente em aquários pequenos. “Em aquários maiores ou com poucos peixes essa troca pode ser realizada a cada duas ou três semanas”, acrescenta.

E é justamente em relação à qualidade da água que as doenças podem aparecer. De acordo com o veterinário, “as principais doenças estão relacionadas à qualidade da água, como por exemplo, a acidose (pH 5,5 ou menor causa eriçamento das escamas e nadadeiras fechadas: o peixe nada em círculos, depois começa a tremer e pode morrer); alcalose (pH 8 ou maior, que pode deixar a pele opaca), entre outras”, alerta.

Então, se quiser ter um aquário em casa, consulte um veterinário para saber mais sobre as espécies e a alimentação indicada para cada uma delas. Assim, seu peixinho viverá tranquilo e saudável!