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Opinião
02/08/2013 - 11h03
Estupidez em marcha
Dartagnan da Silva Zanela
 

A grandeza e a miséria humana são demonstradas através de gestos. Uma imagem que bem representa a grandeza foi o encontro do Bem-aventurado Papa João Paulo II com Mehmet Ali Agca. Encontro esse onde Wojtyla perdoou o atirador que atentou contra sua vida. Passaram-se os anos e o Papa faleceu e tivemos outro gesto de grandeza: aquele que um dia tentou matar o João Peregrino lá se fez presente para render suas últimas homenagens àquele que lhe mostrou o Caminho, a Verdade e a Vida. A grandeza do perdão e a de aceitá-lo, a de evangelizar e a de converter-se e todas, juntas, regadas com o vinho da humildade que lava as feridas da soberba.

Mas, o que podemos dizer a respeito da miséria humana? Temos inúmeros exemplos que nos são apresentados, e muitos outros que são dados por nós mesmos, porém, não temos como não arregalar as vistas para os atentados das vadias (aquelas que marcham) que foram perpetrados no Rio de Janeiro neste fim de semana junto à Jornada Mundial da Juventude.

Vimos a destruição grotesca de imagens da Virgem Santíssima e de crucifixos, o uso de ícones sacros como tapa-sexo, camisinhas vestindo santas e, a campeã de todas: a simulação de uma masturbação com a imagem de Nossa Senhora de Belém. Eis aí um exemplo do quão miserável, mesquinho, brutal e demoníaco um ser humano é capaz de ser. Estes, meus caros, são os tolerantes de nosso país que exigem tolerância e respeito de todos, são os campeões da luta pelos direitos. São aqueles que declaram, cinicamente, desejar manter um diálogo aberto e respeitoso com os Cristãos para discutir a possibilidade de oficializar seus delírios.

Atos como esse são uma clara demonstração do que o sociólogo italiano Massimo Introvigne chamou de cristofobia. Este caso deve, penso eu, levar todos os cristãos a prestarem muito mais atenção nas demonstrações sutis e dissimuladas de anti-cristianismo que estão presentes entre nós. De mais a mais, mutilar a imagem da Mãe de Deus de modo algum contribui para a preservação de nossas cambaleantes instituições democráticas.

Sei que os cínicos de plantão irão esfregar na minha cara o tal Estado Laico e toda aquela patacoada que lhes é tão peculiar. Bem, sejamos pontuais: (i) Estado laico não é Estado ateu, nem marxista e muito menos manicomial; (ii) um Estado democrático representa os interesses e os valores da sociedade e não molda-os e manipula-os; (iii) a sociedade é muito maior e mais ampla que os interesses de grupos de pressão e de lobby disfarçados sobre a alcunha de movimentos sociais.

Ah! Antes que eu me esqueça: e o que os fanáticos cristãos fizeram frente a essa monstruosidade? Ora, agiram como fundamentalistas intolerantes que são: respeitando o direito à estupidez das “manifestantes”, mesmo que elas estivessem visivelmente abusando deste apolíneo direito que é tão quisto e celebrado por elas.


Nota do Editor: Dartagnan da Silva Zanela é professor e ensaísta. Autor dos livros: Sofia Perennis, O Ponto Arquimédico, A Boa Luta, In Foro Conscientiae e Nas Mãos de Cronos - ensaios sociológicos; mantém o site Falsum committit, qui verum tacet.
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