Muitas são as pessoas que buscam um cão para servir de companhia. Mas, para que isso não se transforme em uma grande dor de cabeça após o seu desaparecimento, é preciso saber prevenir esta situação. É essencial começar a educá-lo desde o primeiro dia que chegar a sua residência. Segundo a ambientalista, Vininha F. Carvalho, deve-se deixar bem claro onde é o seu território, onde ele deve dormir, brincar, comer e fazer as necessidades. Em pouco tempo ele vai começar a demarcar o seu território e reconhecer o local como seu lar. Os cães têm uma enorme necessidade de ter e ver todas as posições hierárquicas claramente definidas e ocupadas. Deverá receber disciplina e ter limites bem definidos, adquiridos através do adestramento adequado, aquele que respeita as características do animal. "Cada cão tem seu próprio tempo para entender as instruções. Usar recompensas positivas é uma forma muito eficiente de treinar um cão, muito melhor do que empregar disciplina punitiva. A comida é uma ótima recompensa, tão poderosa que alguns cães vão se esquecer de que estão sendo treinados a fim de recebê-la", orienta a presidente da Fundação Animal Livre (www.animalivre.org.br). O tutor deve sempre manifestar o seu amor e carinho, isto permitirá que o animal se sinta seguro e feliz na casa onde mora. Palavras de elogio, também funcionam para que ele se adapte ao local. A esterilização, também reduz a agitação dos machos e as fugas. Nas fêmeas, este procedimento cirúrgico, as tornam mais calmas, evitando que sintam vontade de fugir no período do cio. Os cães são animais muito sociáveis. Necessitam de atenção e brincadeiras. Quando todos os humanos saem e deixam o animal sozinho, ele pode ficar aborrecido, agitado e frustrado. Despertando, assim, o desejo de fugir de casa. Para evitar esse comportamento, ele deve ser acostumado desde pequeno a ficar sozinho. As pessoas devem sair em silêncio, sem se despedir e ao chegarem em casa, deve-se evitar fazer alarde. Somente um cumprimento é suficiente, passar a mão no alto da cabeça é uma boa forma de acariciá-lo, para não gerar um clima de grande ansiedade. Ele conseguirá aceitar com normalidade a ausência e o retorno, sem sentir vontade de acompanhá-lo, enfrentando até obstáculos para fugir de casa. A ambientalista Vininha F. Carvalho oferece dicas para evitar o desaparecimento : 1 – Abrigue seu animal em local arejado, protegido do frio, chuva e do calor excessivo. Coloque trincos seguros nos portões que dá acesso à rua. 2 – Leve o animal para passear sempre com coleira. 3 – Não permita que o animal desenvolva o mal hábito de passear nas proximidades de onde mora, fazendo as necessidades fisiológicas na rua, retornando após à residência. Este animal não está perdido. Ele consegue até delimitar uma área como seu "território" e dificilmente passará desse limite, embora sempre exista o risco eminente de desaparecer. Animais de pouca idade, ou levados por seu tutor para outra região da cidade, perdem facilmente as referências, podendo sumir ou sofrerem graves acidentes, pois ficam totalmente desorientados e indecisos. 4 – Identifique o seu animal, com uma plaquinha, usada na coleira, que funciona como carteira de identidade, com endereço e telefone para contato. Utilize, se possível, identificação eletrônica individual e definitiva, por meio de microchip projetado especialmente para uso animal, inserido subcutaneamente na base do pescoço, na linha média dorsal, entre as escápulas, por profissional credenciado pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária. 5 – Destine um espaço seguro (canil) quando precisar prendê-lo. Para o animal, qualquer pessoa que não faça parte de grupo familiar é sempre visto como um estranho que deverá ser vigiado e repelido. Ele não sabe quem são os amigos ou mesmo parentes, poderá mudar de comportamento ou aproveitar o descuido de um portão aberto para fugir. 6 – Por ocasião de queima de fogos de artifício é aconselhável que ele fique em um lugar tranqüilo e que possa ter acesso ao seu esconderijo, quando explodirem os rojões. É grande o número de fugas e o consequente desaparecimento do animal neste período. 7 – Quem tem portão eletrônico, próximo ao local onde o animal fica, permitindo acesso fácil a rua, deverá providenciar um interruptor, que desligará o sistema de acionamento quando estiver viajando ou à noite, quando todos estão dormindo. Muitos animais são vítimas desta falha no sistema que permite que o portão abra, e eles ficam soltos, ocasionando sérios acidentes ou desaparecimento. 8 – Nunca adote um animal que parece estar perdido, nem faça doação a terceiros, sem antes tentar localizar seu verdadeiro dono. Certamente o animal e o seu dono estão sofrendo muito pela separação. Embora animais perdidos sejam localizados até 4 km de sua moradia, existem grandes chances de ser um animal que more nas proximidades de onde foi encontrado. Sendo assim, comunique seu achado as pessoas próximas do local, os jornaleiros, a panificadora, clínicas veterinárias e outros locais de grande movimento de pessoas. Normalmente são esses os locais que os tutores visitam na tentativa de localizá-lo. Os defeitos dos nossos cães, inclusive ser fujão, é nossa responsabilidade e de mais ninguém, por isto todo cuidado, é pouco! Proteger os animais é compreender suas necessidades, é preciso saber educá-lo para poder desfrutar da sua companhia por muitos anos.
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