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Opinião
15/08/2013 - 11h05
Papa Francisco e a JMJ
Célio Pezza
 

Não vou entrar no mérito da tremenda falta de estrutura da cidade do Rio de Janeiro durante a Jornada Mundial da Juventude. Todos viram a caótica situação dos transportes, a falta de hospedagem, restaurantes, banheiros e todos os problemas enfrentados pelos peregrinos. Foram desencontros de todos os tipos e a verdade é que o Brasil não está preparado para grandes eventos.

Críticas à parte, vamos analisar o lado bom da visita do Papa Francisco. Esta jornada apresentou ao mundo um papa diferente, muito mais humano, ciente das dificuldades da Igreja, dos anseios do povo simples, da juventude que grita por melhores condições, das mudanças necessárias, e assim por diante. Vimos um Papa que poderia ser facilmente confundido com um manifestante qualquer, pelas suas ideias e forma de falar.

Durante entrevistas, sua opinião foi a de que enquanto existirem pessoas com fome, sem educação e sem saúde, e as oscilações da bolsa ganharem mais destaques na mídia do que as misérias e violências a que são submetidos os seres humanos, ninguém deveria dormir tranquilo. Falou sobre os diferentes credos religiosos e deixou claro que não interessa a qual religião uma pessoa pertença, desde que faça o bem ao próximo.

Aos jovens pediu para que não deixem de sonhar e que sejam revolucionários na busca de um mundo melhor. Para as elites recomendou humildade e que deixem a ganância de lado. Aos políticos, lembrou que foram escolhidos para que trabalhem a favor do povo, não para os seus próprios interesses. Quanto à Igreja Católica, reconhece os seus erros, seus desvios e promete provocar uma reforma de fato, colocando na cadeia os pedófilos, os corruptos, os maus sacerdotes e aproveitadores da fé dos humildes. Vai lutar para diminuir os escândalos no Vaticano e mudar os rumos da Igreja. Tudo isto ele divulgou em somente uma semana, cheia de bons exemplos.

O Papa Francisco pregou a humildade, a moral e a ética. Condenou a idolatria pelo dinheiro e o modo de vida atual que destrói o planeta e o ser humano. No seu retorno a Roma, pediu que orassem por ele. Acredito que o Sumo Pontífice vá mesmo precisar de muita oração, pois essa mudança de rumo que ele pretende imprimir ao Vaticano vai incomodar muita gente que anda e sorri ao seu lado.

Ele sabe da luta feroz nos bastidores e do que é capaz de fazer um sistema que é contra mudanças. Ele entrou nessa luta com muita humildade, transparência, desapego e vontade de fazer o bem. Ele deu um exemplo ao mundo e não há nada mais contagioso do que um exemplo. Ele deu ao mundo uma esperança de dias melhores.


Nota do Editor: Célio Pezza (www.celiopezza.com) é escritor e autor de diversos livros, entre eles: As Sete Portas, Ariane, A Palavra Perdida e o seu mais recente A Nova Terra - Recomeço.

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