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Crônicas
18/08/2013 - 08h00
Nadismo
José Pedro Mattos Conceição
 

Senti um forte apelo para enaltecer o NADISMO, sem qualquer compromisso com o Clube de Nadismo do Marcelo Bhorer, mas com muitas afinidades filosófico-motivacionais, assim como relativamente às ideias do italiano Domenico de Nasi, festejado autor do “Ócio Criativo”. Dentro de alguns meses (espero), quando me aposentar, talvez comece a escrever um tratado sobre este delicioso assunto. A fantasia é superior à realidade e, possivelmente, a espera pela aposentadoria é mais excitante que a sua consumação. Não importa, a vida é feita de momentos, e o meu momento é de me imaginar um reles vagabundo, “un fainéant”, sem lenço nem documento, podendo dormir até as 10 horas da manhã, sem culpa ou cobrança. É claro que não vou ficar em casa de pijama e chinelo de dedo, vendo TV e tomando chimarrão, tem muita coisa boa e produtiva a fazer, portanto, devagar na crítica, minha própria mulher será juiz implacável. Agora, data venia, depender de clientela de qualquer espécie, de certos magistrados doutos ou do sistema judiciário pátrio? Nem pensar. A melhor coisa que já fiz na vida, em termos de relevância social e de satisfação íntima, foi lecionar, mas o meu tempo passou. A gestão pública, as assessorias prestadas em diferentes áreas, o exercício advocatício, tudo teve o seu grande valor pessoal, é claro, mas, tirante o que ainda faço hoje, são páginas viradas, das quais, algumas, tenho até certa dificuldade de recordar plenamente. Palmas para os que permanecem na labuta até os derradeiros dias, mas não cultivo essa paixão: gosto de ser comum, simples, familiar e individualista ao mesmo tempo, no meu recanto a conviver comigo mesmo e no devido espaço social a usufruir das virtudes das pessoas e das coisas, sem terno e gravata, sem códigos mais rígidos de conduta. Peço antecipadamente escusas, mas não tenho planos de participar da revolução, seja qual for. Tenho uma pauta própria. Sim, vou escrever sempre. Aliás, escrever é a minha obsessão, o que não significa que seja o meu talento; acho mesmo que não é. Aliás, talento é algo nebuloso e relativo: muitos possuidores legítimos morreram sem qualquer reconhecimento e, outros, praticamente idiotas, foram elevados à fama. É preciso, finalmente, que se faça um alerta: o nadismo não é filosofia de vida para jovens; ao contrário, só vale para os contemplados pelo Estatuto do Idoso. De outro modo, quem iria trabalhar para a gente e tocar o futuro?

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