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Medicina e Saúde
11/03/2005 - 09h07
Psoríase
 
 
Controlar os sintomas é fácil. Mas, é preciso agir também nas causas

A psoríase é uma doença crônica (pode ser controlada e não curada), que acomete cerca de 30% dos pacientes com doenças de pele. Há períodos em que a pessoa tem surtos, que são as crises da doença, seguidos pelos períodos de acalmia, na qual a doença existe, mas sem expressão na pele.

Caracterizada por lesões, ou placas na pele, chamadas de eritematodescamativas, na verdade a psoríase forma placas vermelhas, como se fossem crostas, que vão descamando no decorrer da crise. De acordo com a Drª Cristiane Victorio Lagrecca, dermatologista do Hospital e Maternidade São Camilo, o aparecimento das placas é, geralmente, simétrico, acometendo mais comumente superfícies de extensão como cotovelos, joelhos, mas também pode aparecer em regiões como o couro cabeludo, região sacral (parte lombar e glúteos).

As causas da psoríase são desconhecidas, mas sabe-se que existe uma predisposição genética e as crises são desencadeadas ou exacerbadas por fatores externos: trauma cutâneo (na pele), como queimaduras provocadas pelo sol, alterações climáticas, distúrbios metabólicos e endócrinos, distúrbios emocionais, o uso de drogas, infecções pelo estreptococos (bactéria causadora de infecções de vias respiratórias) e pelo HIV, o vírus da Aids.

A forma mais comum, chamada de vulgar é mais fácil de tratar

A forma mais comum da psoríase acomete cerca de 90% dos pacientes que têm a doença e é chamada de vulgar, sendo caracterizada por placas na pele na superfície de extensão, como cotovelos, mas que pode acometer também couro cabeludo e região sacral.

Além da vulgar, há os tipos mais raros: mais comum em crianças, a psoríase gotada geralmente aparece depois de uma infecção das vias respiratórias superiores, causada pelo estreptococos. "Na criança que teve esse tipo de infecção, de repente aparecem várias ’gotinhas’ grossas pelo corpo que descamam com o tempo. Geralmente, a doença é curada sozinha, com tratamento ou não, em dois ou três meses", comenta a médica.

Outro tipo é a psoríase artropática, que acomete as articulações do nosso corpo. De acordo com a médica, ela pode afetar apenas uma articulação (mono) ou algumas articulações (oligoarticulada). "Esse tipo de psoríase é mais freqüente nas articulações entre os dedos das mãos, ou mais raro, dos pés", afirma. Também comum é a psoríase que acomete unhas, que fica com depressões cupuliformes, como se formassem um dedal de alfaiate. É também chamada de "unha em dedal".

A forma mais grave da psoríase é a pustulosa. Geralmente, aparece nos casos da forma vulgar em que o paciente está em tratamento com corticóides e, de repente, pára repentinamente de tomá-los. Essa atitude pode levar à piora do quadro, causando uma generalização da psoríase. Um alerta que a médica faz é que o tratamento com corticóides não pode ser interrompido repentinamente, pois o medicamento pode causar dependência no organismo e sua ausência provocar a piora da doença. "O ideal é sempre parar gradativamente, sob pena de ter o agravamento da psoríase e o desenvolvimento da sua forma pustulosa", afirma a Drª Cristiane.

A forma pustulosa é caracterizada por um eritema difuso. A pessoa fica toda vermelha, ruborizada e tem uma descamação discreta. O eritema difuso causa a perda excessiva de água através do suor, pois a dilatação dos poros da pele é muito grande. Isso vem associado a um débito cardíaco, ou seja, o volume de sangue que passa no coração diminui em função da vasodilatação intensa. O paciente, se não for tratado, pode desenvolver, a insuficiência hepática (fígado) e renal.

Todos os tipos da doença podem ser diagnosticados por meio do diagnóstico clínico. Apenas em alguns casos, é feita uma biópsia do tecido para fechar o diagnóstico sem nenhuma dúvida. Já o tratamento das formas de psoríase, segundo a médica, variam conforme o tipo, a extensão e as condições gerais de saúde da pessoa.

Psicoterapia é indicada para casos com origem emocional - Para os casos de psoríase com origem emocional, é indicado o tratamento concomitante com um psicoterapeuta. "O paciente faz a terapia para amenizar a ansiedade, o que ajuda a controlar as crises da doença", comenta.

Tome um pouco de sol todos os dias - O ciclo germinativo epidérmico fica encurtado quando a pessoa está com psoríase. Em função disso, a proliferação epidérmica é maior. Essa é a origem da "casca", que começa a descamar. Para conter esse ciclo, é indicado usar uma pomada (que atua parando o processo) no local com a lesão e tomar um pouco de sol todos os dias, no horário antes das 10 horas e depois das 15 horas. Quando a pessoa está no início do tratamento, é bom começar tomando sol apenas 5 minutos por dia. Depois, conforme indicação médica, o paciente pode aumentar um pouco o tempo de exposição diária.

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