Tratamento multidisciplinar para casos de obesidade infantil ajuda criança a recuperar a auto-estima
Para alguns pais, filho gordinho é sinônimo de saúde e fartura em casa. No entanto, comportamentos como esse podem dificultar a percepção do excesso de peso ou da obesidade, que trazem graves conseqüências para a saúde e a auto-estima. "Quando as crianças obesas começam a freqüentar a escola, geralmente passam a ser alvo de apelidos desagradáveis e sentem-se excluídas de seus grupos. Começam a apresentar alterações emocionais e comportamentais", diz Catarina Wolff, psicóloga e idealizadora do Espaço Leve - Núcleo de Prevenção e Tratamento da Obesidade Infanto-Juvenil, de São Paulo. "A atenção da família é muito importante para corrigir o descontrole alimentar ou, então, procurar ajuda médica", conclui. Nesse caso, se o diagnóstico for de obesidade, os pais devem procurar uma clínica e iniciar um tratamento adequado. É importante cercar-se de garantias, checar a qualidade da clínica e conhecer o histórico dos profissionais que nela atuam. "Caso haja indicação de medicamentos, muita atenção, pois poucos são permitidos. A prevenção ainda é a melhor solução no que diz respeito à obesidade infantil", alerta Drª Lílian Zaboto, pediatra do Espaço Leve. O tratamento deve ter caráter multidisciplinar, com acompanhamento de pediatra, endocrinologista, psicólogo, nutricionista e educador físico, para se obter resultados satisfatórios e de maior confiança. Em casa, pequenas atitudes proporcionam um novo estilo de vida. Deixar de comer em frente à televisão, diminuir o consumo de produtos industrializados e alimentos fast food fazem uma grande diferença na balança. As escolas podem contribuir oferecendo um ambiente mais agradável e saudável nas cantinas, novas opções de lanches, frutas, saladas, sanduíches naturais e vitaminas, dispensando doces, frituras e refrigerantes. De acordo com Catarina, se a família tem histórico de obesidade ou a criança apresenta sobrepeso, os pais devem procurar ajuda especializada como prevenção, evitando que a criança sofra as conseqüências da obesidade. "Deve-se ajudar a criança a resgatar a auto-estima e a lidar com as dificuldades do dia-a-dia".
|