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Enquanto aguardava uma audiência em Bagé um advogado me relatou este causo. Contou-me que antigamente na campanha era comum as mulheres humildes não usarem calcinhas por só ter lojas de roupas na cidade e também por economia. Com a proximidade da comemoração de aniversário, um advogado alegretense foi comprar uma leitoa no interior do município, de um conhecido cliente seu. Chegando lá, disse que vinha buscar a porca conforme tinha sido combinado no dia da audiência. Enquanto a mulher foi buscar a leitoa no chiqueiro, o marido oferecia um chimarrão ao causídico. Chegando perto dos homens que conversavam, a mulher com a leitoa no colo é questionada pelo advogado. - Qual é o preço, comadre? - Trezentos reais. Como todo bom advogado tentou regatear para ver se conseguia um abatimento do preço. - É cara! Se a senhora me der um desconto eu fico com ela. Então, para melhor expor o animal, ela agarra a leitoa e levanta ainda mais, enganchando uma pata do bicho no vestido, deixando-a nua da cintura para baixo, fato que não foi notado pela mulher. Vendo a situação constrangedora o marido diz para a esposa. - Baixa, velha! Ao que a mulher replica. - Não baixo. O doutor sabe que ela está assim arrepiadinha, porque não comeu ainda hoje. Nota do Editor: Ronaldo José Sindermann (sindermann@terra.com.br) é advogado em Porto Alegre, RS.
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