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Opinião
28/09/2013 - 06h06
A falência da segurança pública
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

O policial federal foi abatido, com um tiro de fuzil, por traficantes que esperavam o avião desovar cocaína numa pista rural de Bocaina (SP) e, ao mesmo tempo, em Iacanga, a poucos quilômetros dali, bandidos explodiam os caixas de um banco e feriam policiais militares. O crime organizado se alastra, levando medo e insegurança às pequenas localidades do interior. No seu mais recente modus operandi, fere e mata policiais. Tornou-se rotina, os assaltantes de caixas eletrônicos, antes de explodirem as máquinas de dinheiro, atirarem nos postos policiais, nas viaturas e nos próprios policiais, como forma de impedir a reação ao roubo.

Venho de um tempo em que o policial era respeitado e, com sua presença, garantia a segurança das pessoas ao seu redor. Hoje, quando sai do trabalho, ele é obrigado a trocar a farda por traje civil para evitar ser atacado pelas gangs e quadrilhas. Recentemente presenciamos a onda de ataques e execução a policiais, que diminuiu mas não acabou. O quadro é preocupante pois, o criminoso, que antes fugia do policial, agora o elimina para continuar livre na sua ação delituosa. A sociedade resta, então, desprotegida e sem ter a quem recorrer.

Preocupados com as próprias eleições e interesses carreiristas, os governantes das últimas décadas pouca atenção deram à segurança pública. Muitos deles, demagógica e supostamente interessados nos votos da bandidagem, desmontaram esquemas de trabalho e limitaram a ação das polícias. O resultado está aí: o crime organizado dominando territórios e segmentos negligenciados pelos governos, que encontram dificuldades na reconquista do espaço perdido.

Os governos devem a efetiva segurança pública à população, que paga seus impostos e precisa ter um mínimo de tranquilidade para viver, conviver e produzir. É seu dever verificar onde erraram para retomar o elo perdido e recolocar a sociedade brasileira no rumo certo. Não basta ação e repressão policial. Há de se encontrar meios de evitar a entrada de drogas e armamentos – que não são produzidos no Brasil – e de minar o poder paralelo. O Estado brasileiro, pelos seus meios, precisa, por exemplo, ter a competência de impedir o porte de armas pelos bandidos, usando a mesma eficiência e energia que emprega em relação ao cidadão de bem. Todos precisam receber tratamento igual, por mais diferentes que sejam...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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