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Medicina e Saúde
14/03/2005 - 20h38
Jogo ajuda na capacitação de agentes de saúde
Agência USP de Notícias
 
Temático sobre doenças respiratórias em crianças menores de 5 anos, o jogo de tabuleiro desenvolvido na EERP fez com que o índice de acertos em teste subisse de 59,5% para 79,3% em apenas uma sessão

Os tradicionais jogos de tabuleiro têm demonstrado que não servem apenas para divertir como também possuem um grande potencial no ensino de conteúdos extremamente maçantes e teóricos. Um exemplo é a capacitação de agentes comunitários de saúde, como ocorreu em um estudo realizado na Escola de Enfermagem da USP de Ribeirão Preto (EERP), pela pesquisadora Raquel Dully de Andrade.

Em sua dissertação de mestrado, orientada pela professora Débora Falleiros de Mello, Raquel desenvolveu um jogo que aumentou em quase 20% a correção das respostas em um teste aplicado antes e depois do exercício.

Segundo ela, o índice de acerto subiu de 59,5% para 79,3% após os agentes de saúde terem realizado uma sessão do jogo, que trata de doenças respiratórias em crianças menores de 5 anos. "Um aspecto importante deste método é que ele valoriza o conhecimento prévio dos agentes", afirma.

Aparentemente um clássico jogo de tabuleiro em que é necessário responder corretamente às questões para avançar o peão, a atividade coloca os jogadores frente a situações cotidianas, nas quais precisam identificar problemas e analisar as condutas adequadas em cada caso. A dupla da vez expõe suas respostas para o grupo, que as discutirá, concordando ou propondo outro parecer. "A partir da troca de experiências, eles constroem um saber científico muito atrelado à prática profissional, o que facilita a aplicação dos conhecimentos adquiridos", explica Raquel.

O método apresenta, ainda, uma série de vantagens com relação às técnicas tradicionais de ensino usadas na capacitação destes agentes. A pesquisadora acredita que nesse processo de ensino-aprendizagem, onde expor suas opiniões é uma regra do jogo (e alguns deles não o fariam se não fosse necessário), cria-se um espírito de equipe de maneira mais sólida. E, segundo ela, a maior integração da equipe colabora para a humanização de seu trabalho.

Acessibilidade

Outro fator de destaque no estudo de Raquel é a acessibilidade do material, que proporciona grandes resultados com poucos recursos. No total, 101 agentes comunitários de saúde foram submetidos às atividades, que incluem o jogo e os testes de avaliação. Cada um deles é responsável pela assistência a aproximadamente 750 habitantes da cidade de Passos (MG). "O potencial de impacto das práticas destes agentes é muito grande. Muitas vezes eles têm acesso a informações sobre as famílias e seu ambiente que os próprios médicos não dispõem". Com isso, eles podem atuar de forma muito mais eficiente, tanto na prevenção das doenças quanto contribuindo na recuperação dos pacientes.

Não existem ainda planos para a aplicação do método em outras cidades, e nem para a transposição dele para outros tipos de doenças, mas Raquel se mostra otimista quanto a isso. "A expansão da pesquisa seria algo muito interessante. Levar esse tipo de alternativa educativa para outros lugares poderia ocasionar o surgimento de novas idéias".

Doenças respiratórias, como pneumonia, bronquite, asma e diversas infecções do aparelho respiratório são a maior causa de mortes no Brasil para crianças entre 1 e 4 anos, segundo manual do Ministério da Saúde de 2001. Além disso, cerca de 50% das internações nessa faixa etária têm esse tipo de causa. Daí, é possível entender a importância desse trabalho e a falta que faz uma orientação eficiente.

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